Chuva em Novembro, Natal em Dezembro
Na capa de “O Diabo”, ouve-se o vozeirão de Carlos Candal sentenciar definitivo: “Ferro, para além de feio, não tem garra”.
(Ele há gente assim, bonita e cheia de garra).
Abre-se o jornal, e o homem também se abre.
Questionado sobre se pensa que a actual direcção do PS “não tem futuro político”, não diz sim nem não, mas diz isto: Ferro (...) “tem contra si o facto de não ser carismático. Para além de ser feio, não tem garra. Um líder tem que ter outro fulgor, brilho, categoria ostensiva, e Ferro Rodrigues tem lacunas nesse terreno. E o elenco que o acompanha ninguém sabe muito bem quem é”.
Para quem não entendesse a resposta, proclama enfático logo mais à frente, interrogado sobre as diferenças entre guterrismo e ferrismo: “ainda não há ferrismo e não vai haver”.
Com tudo isto, o que falta então para que seja consumada a sucessão? Candal, um passo atrás, analisa os eventuais sucessores e esclarece essa dúvida: “penso que é uma questão de oportunidade”.
Fica clarinho, pra militar entender: à primeira oportunidade, vai o Ferro prá sucata.
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