quinta-feira, agosto 14, 2003

Dia de Aljubarrota

Faz hoje 618 anos, um bando de jovens alentejanos, ajudados por outros portugueses e ainda alguns ingleses, desbaratou o exército castelhano nos campos de São Jorge e assegurou a independência e a liberdade da Pátria.
Por via dessa batalha consolidou-se no trono, como rei de Portugal, um rapaz alentejano de 24 anos, que tinha a família ali em Veiros e que até então exercia em Avis o cargo de Mestre da respectiva Ordem Militar, o qual ficou conhecido por D. João I.
O estratega da vitória foi outro rapaz ainda mais novo, que era filho do Prior do Crato, e que exercia até então as funções militares de Fronteiro-mor do Alentejo - sendo já alentejano de adopção, embora não tenha nascido cá.
Como se verifica em Fernão Lopes, acompanhavam-no sempre as suas tropas das guarnições alentejanas – como ele diz ao aproximar-se da Lisboa cercada, vinham em socorro da cidade “eu e os meus alentejões” ...
Ficou na história como o Santo Condestável, D. Nuno Álvares Pereira, e levaria depois para Lisboa o culto a Nossa Senhora do Carmo, que aprendeu em Moura.
Heróis lendários da batalha, cantados por Camões, foram os duzentos rapazes da Ala dos Namorados, corpo de jovens voluntários comandados por dois moços imberbes, o Alcaide-mor de Monsaraz, Mem Rodrigues de Vasconcelos, senhor da Herdade do Esporão hoje celebrizada pela produção de vinhos, e o seu irmão Rui.
Foi esse dia 14 de Agosto o princípio do período mais brilhante da história de Portugal.