A escolha
Imaginem um homem colocado perante a certeza da morte, que se aproxima inevitável.
Vem-lhe à cabeça a hipótese do suicídio.
Dizem uns: se a morte é certa, para quê esperar? O melhor é antecipar-se...
Dizem outros: se a morte é certa, para quê o sacrifício? Aguarde-se, e ela chega...
Esta é a situação do PCP, dividido entre ortodoxos e renovadores.
Uns, face ao inevitável, defendem que se morra, sim, mas devagar; e de morte natural, sem fugas nem sobressaltos.
Outros, perante a inevitabilidade, defendem o salto em frente: arrumemos a coisa, e parta-se para outra.
Em qualquer dos casos, o PCP acabou. Como é natural: o comunismo também já acabou – e não faz sentido manter o continente sem conteúdo.
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