Filosofia portuguesa
Circulando na blogosfera, encontro cada vez mais blogs que fazem lembrar loja de chinês.
Profusão de epígrafes, citações, transcrições, referências, erudição de fancaria, a abarrotar do chão ao tecto.
Ideias mal digeridas, a borbulhar, num frenesim, quase sempre para arrombar portas há muito abertas.
Livros e autores, conhecidos em bookshop de aeroporto, em tropel, atirados como arma de arremesso ou exibidos como arma de dissuasão.
Tudo envolvido em papel celofane e fluorescente, reluzentes de novidade.
Trazem-me ao presente a voz reflexiva e irónica de José Marinho, em lembrete certeiro: “Meu filho, olhe que os testículos não são para pensar....”
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