Alguém sabe do Costa?
Como os meus leitores já terão notado, neste blogue não se fala de política.
É coisa que aqui não entra.
Mas desta vez não resisto a dar conta de questão da maior transcendência, e que me anda a deixar deveras preocupado.
Trata-se do mistério da desaparição do Costa.
Os leitores lembram-se certamente quem é: aquele rapaz moreno que estava sempre à frente da bancada parlamentar do PS. E antes até tinha sido ministro. E depois até chegou a ser falado para eventual chefe do agrupamento, na hipótese cada vez mais provável de Ferro ser lançado ao ferro-velho.
Pois há que tempos que levou sumiço o promissor ornamento da nossa classe política. Foi um ar que lhe deu.
E a coisa parece intrigante, se repararmos no carácter repentino da saída de cena - e ainda mais se lembrarmos que não há muito, quando da tragédia de Paulo Pedroso, foi o Costa a assumir o protagonismo, e a pagar as despesas, surgindo na célebre conferência de imprensa, desdobrando-se em declarações e entrevistas, andando num virote da Procuradoria para a Presidência e do Parlamento para o Largo do Rato, entrando em todos os telejornais dia sim dia sim, sempre sempre ao lado de Ferro.
Inseparáveis, até nos telefonemas.
Súbito, o Costa desapareceu, sem dar novas nem mandados. Não há quem o veja. A única notícia a que deu origem ainda adensa mais o mistério: o próprio fez transpirar para os jornais que encarava com bons olhos a possibilidade de um lugar em Bruxelas.
Ora digam lá se aqui não há gato!
O que descobriu o Costa que nós não sabemos?
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