quarta-feira, outubro 29, 2003

António José de Brito

António José Aguiar Alves de Brito, nascido a 22 de Novembro de 1927, no Porto, e no Porto residente, construiu ao longo do último meio século, em constante labor intelectual, uma obra de cuja vastidão e importância não parecem dar-se conta nem sequer os amigos.
Pensador comprometido com o seu tempo, longe da imagem tranquila do sábio de biblioteca, moveu-se sempre por uma preocupação de rigor e fundamentação que fizeram dele um dos casos mais sérios de vocação filosófica em toda a segunda metade do século XX em Portugal.
Ao acaso da memória, entre obras que tenho e outras que não tenho ou não encontro, elaborei a amostra que vou deixar aqui já a seguir, de títulos de livros publicados por António José de Brito.
Ficam por ordem alfabética, que outra organização implicaria trabalho a que não posso dedicar-me. Espero com isto impressionar, e motivar alguém a interessar-se, e ler – com o profundo respeito que merece um trabalho que não tem igual em Portugal, e não sei se terá similar em qualquer outro pensador vivo encontrável na família política em que orgulhosamente se insere.
Permanecem de fora, evidentemente, os inumeráveis exemplos dispersos da sua actividade de publicista, espalhados ao longo dos anos, desde a juventude até à actualidade, por jornais e revistas de desigual valor e notoriedade.
Quase todos os livros referidos são hoje muito difíceis de encontrar; sugiro mesmo assim que sejam procurados na Hugin e na Nova Arrancada, onde é possível que alguns deles estejam disponíveis.

- A propósito de juízos de existência
- Contradição e identidade
- Destino do nacionalismo português
- Diálogos de doutrina anti-democrática
- Estudos de Filosofia
- Filosofia contemporânea
- Le point de départ de la philosophie et son développement dialectique
- Nota sobre o conceito de soberania
- O problema da filosofia do direito
- O professor Jacinto Ferreira e o destino do nacionalismo português
- Para a compreensão do fascismo
- Para a compreensão do pensamento contra-revolucionário: Alfredo Pimenta, António Sardinha, Charles Maurras, Salazar
- Para uma filosofia
- Pensamento e realidade em Leonardo Coimbra
- Positivismo e idealismo na ética
- Razão e dialéctica: estudos de filosofia e história da filosofia
- Reflexões acerca do integralismo lusitano
- Sageza e ilusões da filosofia
- Será o homem uma pessoa?
- Uma “defesa do racionalismo”, no Porto, na segunda metade do século XIX
- Valor e realidade

2 Comments:

At 4:08 da tarde, Blogger António Conceição said...

Que este post tenha até hoje merecido zero comentários, diz bem do interesse que a filosofia desperta em Portugal e nos portugueses.
Uma tristeza.
Do Professor António José de Brito li os "Diálogos de Doutrina Anti-democrática" e "Para uma Filosofia". É, seguramente, o nosso melhor fascista.

 
At 1:40 da manhã, Blogger Carvalho said...

Vou agora começar a pegar nalguns dos seus livros, depois de ler "Império, Nação, Revolução", apesar de não ser um livro dele, mas que comenta as direitas radicais no tempo de salazar, a curiosidade despertou bastante.

cumprimentos

 

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