CELESTINO DAVID
Nasceu na Covilhã, em 1880 e faleceu em Évora, em 1952, depois de ter vivido quase meio século no Alentejo, onde constituiu família e do qual foi sempre entusiasta e apaixonado.
Como poeta, publicou: "O Livro de um Português"; "Alentejo Terra de Solidão"; "Poemas Regionais"; "Évora Rapsódia de Imagens" e "Poemas Alentejanos".
Além dos livros, deixou também larga descendência, entre filhos, netos e bisnetos - não sei se também plantou árvores ou não, mas é certo que obra não lhe falta.
PRELÚDIO
Da terra alentejana as graças canto
Em versos claros de lirismo e cor.
Traduzo a vida, a luz e tudo quanto
Distingue e doira o meu país de amor.
Com devoção exalto, ao céu levanto:
O vinho feito sol, o trigo em flor,
A lã divina, a calma do seu manto,
A carne, o pão, e o tempo criador.
A vida escuto, a sua origem traço,
Da seiva ausculto a vibração que morre
Em voz e cor de cântico disperso...
Com alma e fé a linda terra abraço,
Aspiro o forte aroma que a percorre
E tento dá-lo, vivo, a cada verso...
Celestino David
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home