A COSEDURA
Perfume em toda a casa. O pão divino
- No tabuleiro, após a cosedura,
- Entrou no monte e, fresco e matutino,
A malta ungiu com beijos de fartura.
O pão sagrado, o seu aroma fino,
Encheu de amor, de graça e de ternura
A casa inteira, a monte pequenino:
Um ninho branco a ressumar alvura...
Que aroma doce... O monte reproduz
A sua voz: o cântico doirado
Que o forno ergueu e as casas alumia.
Espalha-a brandamente... E a própria luz
Parece aroma a irradiar alado
O sol da vida: o pão de cada dia!...
CELESTINO DAVID
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