Ordem Nova
O movimento “Ordem Nova” (não confundir com outros que noutras épocas usaram o mesmo nome) foi formalmente criado por escritura notarial de 25 de Julho de 1980. Teve como fundadores António Alves Dinis, António Júdice de Abreu, Eduardo Quinhones da Silva Pereira, Gilberto Santos e Castro, João Carlos Beckert d’Assumpção, Joaquim Navarro de Andrade, José Valle de Figueiredo, Luís da Silva Martinez e Zarco Moniz Ferreira.
Teve a sua sede instalada na Rua Tomás Ribeiro, n.º 8, em Lisboa, num terceiro andar em que sucedeu à “Renovação - Associação Nacional de Estudos Políticos e Sociais”, que ali tinha funcionado nos anos anteriores tendo como principais animadores Santos e Castro e José Valle de Figueiredo.
Uma vez em marcha, a Ordem Nova veio a ser fortemente marcada pela personalidade de Zarco Moniz Ferreira, secretário-geral, que lhe imprimiu os seus traços caracterizadores, nas palavras, nos actos, no estilo, na propaganda, até na encenação visual e estética.
Zarco Moniz Ferreira, entretanto falecido, foi presença constante nestes movimentos, desde o “Jovem Portugal” dos primórdios da década de sessenta até uma efémera “Frente de Libertação Nacional Sindicalista”, que criou em finais de 1977 e funcionou durante alguns meses de 1978 – da qual o que mais lembro foi que publicou um manifesto, uns folhetos, uns dois números de uma revistinha, “Em Frente”, e tinha como jovens animadores António Maria Pinheiro Torres e João Gonçalo Dias Rosas, então estudantes do Colégio São João de Brito.
A Ordem Nova atraiu alguma militância nacionalista, sobretudo jovens, dos meios estudantis e também trabalhadores, tendo a sua ala juvenil assumido todo o destaque, dada a crise que desde o início afectou de notória inoperância os órgãos estatutários (e que aliás haveriam de determinar mais tarde a decisão de dissolver a associação).
Essa juventude foi desde o início liderada por Paulo Teixeira Pinto, então jovem estudante de Direito, na Universidade Livre e na Faculdade de Direito de Lisboa, mas já largamente conhecido nos meios nacionalistas.
Teixeira Pinto desde os seus tempos liceais animara um grupo que ainda hoje tem marcas visíveis nas paredes de Lisboa (“Mocidade Patriótica”), nesse tempo em colaboração estreita com, entre outros, Filipe Gouveia. De seguida, ainda acompanhado por Filipe Gouveia, chefiara a Juventude Democrata Cristã, imprimindo-lhe uma orientação pouco consentânea com a designação. Posteriormente, e após um ensaio de aproximação ao Movimento Nacionalista, este já com alguns anos de funcionamento e estruturas de comando mais ou menos fechadas, surgira então como o responsável da juventude da Ordem Nova, fazendo-o enquanto esta durou com todo o entusiasmo, dinamismo e energia.
Para além de Paulo Teixeira Pinto, militaram nesses primeiros anos da década de oitenta na “Ordem Nova” muitos outros jovens, e alguns menos jovens, dos quais recordo Álvaro Santos (também já falecido), Luís Fernandes, Paulo Jorge dos Santos Filipe, Miguel Teixeira Pinto, Manuel Osório de Aragão, Filipe Silva Carvalho, Rui Tabosa, João Diogo, Francisco Garcia dos Santos, João Salvado Martinho, Pedro Cymbron, José Lúcio, Marcos Miranda, Paula Bussaco dos Santos, João Paulo Silva e Sousa, Luís Catarino, Pedro Pimenta Valentim, Nuno Serra, Bernardo Calheiros, Gonçalo Fragoso, Nuno Sarmento de Beires.
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