quinta-feira, dezembro 25, 2003

Silêncio

Foi só o hábito, suponho, que me trouxe hoje aqui.
Por sobre a cidade paira um manto envolvente de silêncio e mansidão.
Há uns raríssimos passantes, que passam como quem se desculpa, e falam-se sem se deter, quase só por vénias delicadas, cumprimentando-se com uns sussurros maquinais.
Apenas uns automóveis isolados circulam na avenida, de vez em quando, com ar de quem vai para casa à pressa, também eles em silêncio respeitoso.
Nada tenho para dizer. E também não queria rasgar o silêncio.