A minha gente
Desde que abri o blogue tenho vindo a prestar atenção às visitas. Curiosidade irreprimível, naturalmente, e o gosto de sentir auditório, obviamente, que ninguém escreve para não ser lido. Uma constante em sido notória: a estabilidade do meu público. Utilizo dois sistemas de contagem, para maior fiabilidade, e a conclusão é segura: tenho leitores que me seguem com fidelidade, com atenção, com regularidade. Em números absolutos isso reflecte-se numa subida lenta, gradual, mas sustentada, como agora costuma dizer-se de algo que se apresenta com aspecto de solidez e perspectiva de continuidade. Nestes últimos meses os visitantes diários (não os cliques, estes serão tantos quantas vezes quiser carregar no botão actualizar para fingir o aumento das "visitas") foram subindo os patamares dos cento e cinquenta, cento e sessenta, cento e setenta, cento e oitenta... O número de visitantes/dia está agora estacionado nos cento e oitenta. Com ligeiras flutuações, ou seja nos dois dias de fim de semana são menos, nos dois primeiros dias úteis são mais (gente que só tem computador no local de trabalho?) mas os números não têm variação significativa. É muito ou é pouco? A resposta só faria sentido em termos comparativos, e a verdade é que não disponho dos números dos outros (as estatísticas que são publicadas nas tabelas de clasificação não são fidedignas, e todos sabem isso).
De qualquer modo, é gente. E vendo bem, é muita gente. Graças a todos sinto que estou mais acompanhado, que o que digo também podia ser dito por outros - que há pessoas a sentir como eu, a partilhar os meus pensamentos, sentimentos e emoções. É boa essa sensação.
E o vício foi-se entranhando. Está para ficar. E confesso uma aspiração, uma espécie de sonho: gostava que os meus leitores habituais fizessem o mesmo que eu. Abrissem um blogue, cada um deles. E ficávamos todos aqui a conversar em rede, como um grupo de amigos à mesa do café.
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