A pose e os apanhados
Por ter sido alertado pelo Ultimo Reduto fui consultar o Paz na Estrada, que já não lia há algum tempo.
E lá está, com o devido destaque, a chamada de atenção para o cadastro rodoviário do Ministro Paulo Portas e do Secretário de Estado responsável pelo novo Código da Estrada, Nuno Magalhães.
A mim, que há muito descobri como a actividade política se reduziu a um exercício de representação, entregue cada vez mais a actores, sem uma única ideia em que acreditem, a não ser a ideia fixa de procurar dizer o que calculem que lhes traga mais vantagens na carreira, a descoberta provocou-me apenas um sorriso.
Mas imagino a indignação que estes comportamentos provocam a quem ainda lhes quer dar algum crédito, e julga poder avaliá-los por aquilo que dizem, dando como assente que isso coincide com o que eles fazem. É duro constatar como os nossos governantes se transformaram apenas em suportes vazios para poses e imagens definidas por técnicos e especialistas de marketing.
Sempre que podem, fora das horas de serviço ou quando pensam que não está ninguém a ver, foge-lhes o instinto para o seu natural. E portam-se como o Jardel ou o Manniche.
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