domingo, junho 27, 2004

Olivença finalmente na Assembleia da República

A Direcção do Grupo dos Amigos de Olivença divulgou a 25 de Junho, após a Sessão Plenária da Assembleia da República, a seguinte nota informativa:
"A Assembleia da República apreciou hoje, na sequência de Petição subscrita por mais de 8.000 cidadãos, a Questão de Olivença.
Com os representantes de todos os grupos parlamentares a saudarem unanimemente a iniciativa do Grupo dos Amigos de Olivença, a Assembleia, lembrando que é da competência do Governo a condução da política externa, entendeu solicitar ao Executivo o esclarecimento da posição de Portugal sobre Olivença, nomeadamente com a ida da Senhora Ministra dos Negócios Estrangeiros à Assembleia.
Sublinhando o respeito pela legalidade internacional e referindo que o direito internacional continua a indicar Olivença como território português, os Senhores Deputados exprimiram a vontade que o Governo dê resposta à Petição, analisando o litígio e encontrando uma solução para o mesmo como factor de grande utilidade no futuro das relações entre Portugal e Espanha.
O Grupo dos Amigos de Olivença congratula-se com o desenvolvimento político que significa a discussão pública e ao mais alto nível do Estado da situação de ilegalidade em que se encontra Olivença, terra portuguesa desde o séc. XIII e ocupada por Espanha em 1801.
Apoiado na História, na Cultura e no Direito e bem ciente do papel decisivo da opinião pública, o Grupo dos Amigos de Olivença reafirma a sua determinação e convida todos os cidadãos a prosseguirem esforços para o reencontro com Olivença.
Um passo mais pela Terra das Oliveiras!
"

Como português e como alentejano congratulo-me com o inegável êxito político alcançado pelo GAO, que com persistência tenaz conseguiu levar às instituições próprias um problema que estas sempre procuraram ignorar. É um grande exemplo do que se pode fazer, com escassos recursos humanos e praticamente sem meios materiais, através da utilização inteligente e sistemática das vias que a própria legalidade indica, e das formas de acção e sensibilização da opinião pública disponíveis quando o engenho e a imaginação têm que substituir o dinheiro que não existe.