Política: teremos novo Verão Quente?
Adensam-se as nuvens a anunciar tempestade. A vontade de Durão Barroso em afastar-se para aceitar o cargo de Presidente da Comissão Europeia mas garantindo ao mesmo tempo que em Portugal não haverá de imediato eleições antecipadas e que o cargo de Primeiro-Ministro passará por indigitação e transmissão directa para Santana Lopes, sem qualquer alteração no quadro político em que assenta o Governo, parece ter ambição a mais.
Jorge Sampaio, que tem o poder de nomear ou não nomear o novo Primeiro-Ministro, e de dissolver a Assembleia e convocar eleições, se assim o entender, iria colaborar nisso porquê? Logo agora que as sondagens publicadas falam em maioria absoluta para o PS? E os dirigentes do PS, sobretudo Ferro Rodrigues, poderão assistir passivamente a tudo isso?
Vamos a ver.
O momento das eleições regionais previsto para Outubro poderá coincidir com as eleições legislativas? Ou o calendário será muito apertado? E o prometido referendo sobre a constituição europeia, falado para os inícios de 2005, ainda se mantém?
E alguém se lembra que as autárquicas terão que ter lugar já na parte final desse ano?
Há muitas incógnitas no ar. O que é certo é que a luta política está aí em força, e tudo permanece em aberto.
Uns estão atentos, organizados e intervenientes, e outros estarão a discutir o sexo dos anjos. É sempre assim.
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