Por um Portugal Livre de Drogasl
No dia 22 de Junho de 2004, pelas 18 horas, na livraria Bertrand, no Centro Comercial Picoas Plaza, em Lisboa, irá decorrer a sessão de lançamento do livro "Um Portugal Livre de Drogas - Contributo Para Uma Nova Política da Toxicodependência", de Manuel Pinto Coelho.
Seguir-se-á o anúncio da criação da "Associação Para Um Portugal Livre de Drogas", presidida pelo Dr. Manuel Pinto Coelho.
Pretende-se "promover a ideia de que a única forma de combater a toxicodependência é através de métodos terapêuticos, sem recurso a drogas de substituição".
Ideia central da APLD será promover o tratamento da dependência de drogas através da abstinência com ajuda terapêutica, combatendo a ideia instalada de que a droga veio para ficar e o único que há a fazer é limitar-lhe os danos.
Essa orientação implica a crítica às entidades responsáveis, nomeadamente o Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), que de modo claro sucumbiram à pressão da indústria farmacêutica e da Associação Nacional de Farmácias (ANF) e abandonaram o tratamento da toxicodependência em favor do uso das drogas de substituição, como a metadona e a buprenorfina, as quais evidentemente não tratam a dependência, apenas permitindo aos toxicodependentes ultrapassar os problemas da "ressaca", o que não constitui qualquer tratamento, pois que a dependência mantém-se.
Sendo embora o próprio Pinto Coelho uma figura controversa no meio ligado ao tratamento da toxicodependência, o certo é que esta orientação de combate à capitulação na luta contra a droga marca um ponto importante a seu favor. Para quem não entenda, as chamadas "terapêuticas de substituição" traduzem-se realmente em ir administrando droga aos drogados com vista a mantê-los bem comportadinhos e incomodarem menos o conjunto da sociedade - desistindo do propósito de os desintoxicar e recuperar em troca do objectivo de "diminuição dos riscos".
Irei seguir com atenção a nova APLD.
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