Vivaz
O mês de Julho de 2003 assinala um momento de grande crescimento da blogosfera.
Nasceram então muitos e variados blogues, dos quais alguns ficaram pelo caminho e outros se mantêm activos, imprimindo aqui a sua marca própria.
Entre os eborenses surgiu então o VIVAZ, com a assinatura de Mário Simões, nome bem conhecido de quem acompanha a imprensa eborense. Desde então teve momentos de floração mais intensa e outros de pousio, como é natural (e ainda mais se pensarmos que o autor tem por obrigação produzir trabalho escrito para satisfazer compromissos profissionais - pelo que o blogue não pode ser uma prioridade, e tem de sofrer as consequências da falta de tempo e do cansaço normais em tal situação).
Mas o VIVAZ aí está, cumprindo um ano de vida. Para o Mário Simões envio os meus sinceros parabéns.
O blogue irá continuar, estou certo, fiel ao nome e ao estilo pessoal que é o seu.
Na entrada com que assinalou a passagem do primeiro aniversário, e apresentou uma espécie de balanço analítico da sua existência, e da blogosfera eborense durante este ano, brindou-me com referências elogiosas, lisonjeiras e, digo mesmo, para mim surpreendentes (de gratificante surpresa, obviamente). Esclareço melhor: não sendo eu modesto, sei no entanto que o meu blogue, como também os outros, é obra pessoal, que reflecte os gostos, as disposições,as simpatias ou as antipatias de quem o faz. Assim sendo, essa característica, que é agradável no que tem de livre expressão da personalidade do seu autor, tem o natural reverso, que é essa estrita singularidade - pelo que o encontro com outros que gostem, que simpatizem, que se identifiquem neste ou naquele ponto, pesando embora todas as diferenças, é um acaso estatístico. O mundo é feito de gente diferente que por vezes se encontra, identificando-se por improváveis particularidades partilhadas - mas é mais frequente o desencontro, necessariamente.
Quer isto dizer que não tenho a ilusão, nem a pretensão, de agradar a muita gente. Quando acontece descobrir o agrado de alguém - aleluia! - sinto a alegria de um encontro inesperado numa esquina da vida. Venha de lá um abraço!
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