Voltando à vaca fria
Inevitavelmente, o publico está fartinho de ouvir falar em cassettes e escândalos, e já vomita o tema só de o cheirar ao longe.
E todavia... o assunto é importante. Talvez valha a pena tapar o nariz e enfrentar o fedor. Muito curiosa tem sido a atitude dos jornalistas, visivelmente ditada pelo desconforto: por muito que discutam em privado, poucas têm sido as reflexões tornadas públicas sobre os vários temas que a propósito se impõem.
Destaco hoje um excelente artigo de um jornalista aqui da minha terra; é notório que o descomprometimento e a distância tornam os homens mais livres e frontais.
Leiam o que escreve Mário Simões no VIVAZ. Concorde-se ou não...
E para terminar, deixo uma interrogação de Mário Bettencourt Resendes em recente artigo. Parece-me uma boa pergunta para quem gosta de pensar.
"Há, no entanto, uma faceta do imbróglio que tem sido relegada para segundo plano, apesar da sua importância crucial: quem imaginou, articulou e levou a cabo a “operação cassetes”, distribuindo-as por vários órgãos de Comunicação Social, e quais os objectivos dessa actuação claramente fora dos limites da lei?"
Por outras palavras é o velho raciocínio policiário "a quem aproveita o crime"...
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