Associação Portuguesa de Demografia: Governos nada fazem perante diminuição populacional portuguesa
O presidente da Associação Portuguesa de Demografia considera que a diminuição da população portuguesa terá no futuro "consequências tremendas" mas lamenta que nenhum governo tenha tomado medidas para inverter esta tendência.
Segundo o demógrafo, a diminuição populacional não pode ser vista como benéfica e, pelo contrário, as sociedades têm de estar sempre em crescimento. Trata-se, garante, de uma "lógica terrível", em que "perder velocidade" demograficamente implica perdê-la também económica e socialmente.
Recorde-se que projecções do Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que em 2015 haverá menos um milhão de portugueses (cerca de nove milhões), e que em 2050 a população descerá para os 7,5 milhões.
Ainda de acordo com o presidente da APD, "o Estado tem de promover medidas que incentivem os casais a terem mais filhos", "mas não vejo ninguém, não vejo nenhum governo preocupado com isso".
Conclusões dos demógrafos? Assim apenas se vê a imigração como solução. Será essa a "única alternativa" que temos diante de nós?
2 Comments:
E não será bom?
Estou aqui a pensar no assunto e como todos os assuntos existem sempre duas faces da questão, porque será quando o assunto é natalidade se fala sempre no lado mau da questão, não é mais que evidente que o grande problema do planeta terra é o excesso populacional, se assim é deveriamos estar todos muito contentes por não ser necessário impor medidas de controlo tipo chinês, e a população estar a diminuir naturalmente. Mesmo assim ainda considero que o governo deveria inverter as politicas e penalizar quem tivesse mais que um filho. Pois considero que essa ideia peregrina de "renovação de gerações" não tem cabimento, em algum momento na história as gerações não só se renovaram como excederam largamente a renovação, não faço a minima ideia mas a população portuguesa já foi, por exemplo metade do que é agora e não veio nenhum mal ao mundo... a questão "quem irá pagar as pensões e os cuidados de saúde a que essas pessoas têm direito?". Assim, insiste, fica claro que "sai muito mais barato investir na natalidade do que depois arcar com as despesas de uma população fortemente envelhecida"", voltamos a falar economicistamente e não no bem estar do planeta....
Pense melhor no assunto...
Repare que o problema não está no número absoluto de habitantes: evidentemente que a população de um território pode ser maior ou menor sem que isso diga nada sobre o respectivo equilíbrio demográfico.
Portugal já teve metade da população actual (na realidade já teve até muito menos) mas nesses tempos mostrava uma vitalidade demográfica impressionante.
Neste momento o que se aponta como preocupante é a situação insustentável de a parcela activa da população ser cada vez menor em relação aos inactivos. E isso é algo de novo, sem precedentes. Até porque é efectivamente insustentável!
Uma população em que a cada cidadão activo correspondem dois ou três dependentes não pode de forma alguma manter os padrões de riqueza e de qualidade de vida a que você se reporta.
Portugal podia até ter um milhão de habitantes e apresentar-se de boa saúde: mas a pirâmide etária teria que mostrar um equilíbrio que agora lhe falta de todo...
Como está, a situação é trágica dos pontos de vista social, económico e demográfico - Portugal corre rapidamente para o empobrecimento, primeiro, e a extinção, depois, se o rumo não for invertido.
Se vinte ou trinta por cento da população activa estiver ocupada a trabalhar nos lares de idosos e outros trinta ou quarenta por cento a trabalhar para os sustentar, o nosso Produto Interno Bruto tenderá fatalmente a ressentir-se....
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