Pela Santa Liberdade
Esclareço os meus leitores que raramente estou de acordo com José Adelino Maltez. Ele aliás faz tudo o que pode para que seja impossível concordar com ele.
Mas aprecio-o: é um homem livre, com todas as consequências, e inconsequências, do estatuto. E não é um político, nunca foi, ao contrário do que o próprio parece ter pensado em alguns momentos fugazes.
Como não há entre nós relação alguma, designadamente das que se observam em certas confrarias de elogio mútuo, nem as minhas palavras podem ser suspeitas de andar em busca de qualquer contrapartida, fica aqui registada a minha admiração pela obra do universitário, e bem assim, noutro plano, pela actividade cívica e intelectual do Professor Maltez.
Nos últimos tempos tem inundado a blogosfera com os frutos da sua licença sabática.
Podem admirar os frutos da sua mais recente produtividade (de mistura com outras produções mais antigas) na Rede dos Meus Blogues, ou em Sobre o Tempo que Passa.
Recomendo a passagem frequente pelas suas páginas.
Aproveito para confessar que teve a sua importância na minha decisão de entrar para a blogolândia o que aqui se passou com ele, e que observei de fora. Trocando por miúdos: a decisão de sair que ele em tempos tomou, ferido pela pesporrência de certos figurões que ainda aí se pavoneiam alcandorados até a figuras públicas, empurrou-me a mim para me decidir a entrar. Como se nota nos primeiros escritos, e logo o notou o visado, que não se conteve que não despejasse a porcaria que tem lá dentro.
Enfim, não falo mais nisso que ainda tenho aqui atravessado o tal mexia... Não fossem as contingências da vida, tivesse ele tido o azar de me apanhar há uns anos, e quem lhe mexia era eu...
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