Um país de bananas
Deixemos o Gomes da Silva, que há vinte e cinco anos é assim - ladra quando o outro manda ladrar, morde quando o outro manda morder.
Entretanto, nas hostes socialistas, ensaia-se a alternância.
A mensagem não foi nova, mas o estilo de José Sócrates, sem punho erguido nem exortações ao partido no final, deixou claro que não é só uma nova liderança que agora começa no PS.
É uma caminhada para o Poder, com o arranque previsto para 29 de Janeiro. Inaugura-se então "um espaço de participação política e cívica" que em vez de "Estados Gerais", como em 1995, se chamará "Novas Fronteiras".
"A Esquerda moderna quer ir mais além, quer dar um impulso reformista e modernizador à sociedade portuguesa, quer promover em Portugal uma viragem política, quer dar aos portugueses uma nova ambição, uma nova esperança, quer criar novas fronteiras para Portugal", disse o Eleito no final da sua intervenção, depois de ter citado John Kennedy.
Como se verifica, é só novidades. Uma mudança de 360 graus, como diria o outro.
Recordando uma sentença antiga, estamos condenados a ser um país de bananas governado por... santanas.
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