quinta-feira, fevereiro 17, 2005

O caso Zundel

Na sequência de um comentário de Fernanda Leitão recebi uma pequena nota discordante, do leitor Élio Capitolino, que de igual modo transcrevo.

Aquilo que a Fernanda Leitão diz (14 de Fevereiro) é incorrecto, e parece-me importante que seja corrigido. Diz ela que «o Zundel tem dois problemas com as autoridades do Canadá, para além do diferendo com os sionistas por causa do holocausto: está ilegal e criou aqui um movimento de adeptos, com todos os tiques e símbolos».
O Zundel não está, nem nunca esteve, «ilegal», nem é acusado da criação de nenhum «movimento de adeptos» ilegal. Estabeleceu-se, por sua livre escolha, nos EUA e aí se casou, depois de toda uma vida sem mácula no Canadá. Viajava livremente entre os dois países, em plena legalidade e sem qualquer problema, até à data da sua expulsão dos EUA para o Canadá através de pretextos, esses sim escandalosamente ilegais, mas por parte das autoridades de imigração, que participaram muito provavelmente numa cabala contra ele urdida em ambos os países pelas habituais entidades sem fronteiras que me coíbo de aqui nomear. Esses procedimentos ilegais estão neste momento a ser contestados através dos tribunais americanos.
A partir do momento em que foi deportado dos EUA, essa deportação tem servido de cortina de fumo (na realidade ridiculamente transparente) para um «tratamento especial securitário» que nunca antes tinha sido aplicado e que, na verdade, nada tem a ver com a sua situação como emigrante em qualquer dos dois países. A única razão porque Zundel está detido em solitária há dois anos, sem sequer ter direito a conhecer as acusações concretas contra si, é porque foi emitido um «certificado de segurança» segundo o qual ele supostamente representa um risco para a segurança nacional do Canadá. Desde que as novas leis «anti-terror» canadianas foram criadas, basta que dois ministros (os verdadeiros terroristas) aponham as suas assinaturas a um desses
documentos e qualquer um pode ser metido em fortaleza sem possibilidade de se defender e sem conhecimento das razoes do seu sequestro, se algumas.
Obviamente que no caso vertente a verdadeira e única razão por que a vitima está detida, é o seu revisionismo em relação ao santo dos santos dos judeus, conhecido por «Holocausto». Nem mais, nem menos.
Trata-se literalmente de uma «vendetta», na velha tradição talmúdica: quem procurou e divulgou a verdade que não convém, tem que pagar a sua libra de carne.
Pequena precisão: quando se fala da invasão e colonização da Palestina é lógico que se fale de «sionistas», mas quando se fala das historietas holocáusticas não é de «sionistas» que se trata, mas sim de «judeus», o que não implica todo e qualquer judeu individual, mas diz certamente respeito a uma colectividade internacional que dá pelo nome genérico da tal tribo/religião/etnia.
Quem quiser saber mais sobre o escandaloso caso Zundel pode encontrar um breve resumo aqui:
http://www.ihr.org/news/030923Zundel.shtml
E quem quiser conhecer as causas mais recuadas da perseguição odienta que lhe é movida simultaneamente em vários países, pode começar por aqui:
http://www.ihr.org/books/kulaszka/falsenews.toc.html


Élio Capitolino