domingo, fevereiro 20, 2005

Os burros de Átila

Todos conhecem mais ou menos aquela referência histórica ao cavalo de Átila, o tal que de tão terrível (o dono, certamente) onde pisava nunca mais a erva crescia.
Pois às vezes penso que neste nosso tempo estamos frequentemente ameaçados pelas patorras não de cavalos, que não atingem essa dignidade, mas de uma espécie de burros de Átila. Estes sem dono, pois se viessem à mão e aceitassem arreios estava o problema resolvido. Mas são asnos selvagens, broncos, raivosos e com a agressividade dos complexados (não há burro que não transporte o ressentimento de não ter nascido cavalo).
E também eles onde assentam os cascos não deixam medrar erva ou semente. São piores que filoxera na vinha.
Onde eles passam só fica um rasto de desolação.