Autárquicas à vista
Já tinha escrito aqui que nas actuais condições, com o impulso das legislativas a fazer-se sentir nas autárquicas marcadas para Outubro, o Partido Socialista está em posição de arrasar a concorrência.
No Alentejo a conjugação dos diversos factores pode significar o descalabro do Partido Comunista. Recordo que segundo os resultados das legislativas a CDU só conservaria o primeiro lugar num único município, Avis.
Será o PS capaz de aproveitar a sua oportunidade histórica? Logo à medida que começar a ser conhecida a organização das listas poderá ter-se uma ideia.
Ainda nem foram nomeados os novos governadores civis; deixem-nos começar a trabalhar...
Porém, duas notícias divulgadas nos últimos dias parecem indiciar que a direcção do PCP parece ter feito a sua escolha interna: antes não ganhar que ganhar com gente duvidosa. E esta decisão favorece naturalmente o PS, e facilita o trabalho de quem neste tiver o encargo de organizar as candidaturas nos distritos alentejanos.
As notícias a que me refiro são a exclusão das candidaturas dos presidentes de Beja, Carreira Marques, e do Redondo, Alfredo Barroso. Duas figuras consensualmente tidas por ganhadoras, dois municípios que o PCP governa há trinta anos.
O PCP, para não valorizar potenciais dissidentes, resolveu cortar essas hipóteses. Abdica assim da única capital de distrito onde ainda domina a Câmara, e de um Concelho onde sempre teve a maioria, oferecendo-os de bandeja ao PS.
E este caminhpo abre para outras portas: Vendas Novas? Montemor-o-Novo? Alvito? O que se seguirá?
Estará o PCP disposto a ficar só com Avis?
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