terça-feira, maio 10, 2005

Sobre as últimas

Os noticiários das últimas horas fizeram-me recordar as minhas perplexidades com certas disfunções sistémicas...
O problema é fácil de equacionar: se para uma campanha eleitoral ganhadora são precisas verbas da ordem do milhão de contos, não podem as mesmas fazer-se por mil.
O valor das quotas dos militantes recebidas em cada mês mesmo nos nossos maiores partidos não chega para alugar um outdoor durante quinze dias.
Todo o sistema instalado assenta em formas de financiamento que os seus protagonistas não podem permitir que sejam esclarecidas.
Os que pagam e os que recebem.
Isto é verdade em Felgueiras; mas também o é em Lisboa ou no Porto, em legislativas, em autárquicas ou em presidenciais.
Veja-se o ridículo das contas apresentadas para fazer de conta, e que todos os políticos, incluindo os do Tribunal Constitucional, fingem levar a sério, e avalie-se até onde vai a colossal mentira.
É tão grande que pode chegar e sobrar para todos.
Por acaso a D. Fátima Felgueiras, apesar dos ameaços, até agora conteve-se e não pôs a boca no trombone (ainda deve ter esperanças de ver resolvido o seu "problema").
Mas há gente que não se fica; por exemplo o Major Valentim, o Dr. Isaltino, e outros, são bem capazes de não se negar a jogar o mesmo jogo com que os querem arrumar.
A parada começa a estar muito alta.