Ronda blogosférica
Gostei deveras:
a) das reflexões do "Portugal Profundo" sobre o apagão do arrastão;
b) dos considerandos do Santos da Casa sobre os tempos de embriaguez pós-manifestação que se vivem entre a rapaziada da área nacional (momentos sempre cheios de perigos);
c) do retrato à la minute que o inspirado Jansenista nos deu sobre três recentes desaparecidos: dois moços de fretes e um degustador de moços (a este só o conhecia por passarinho da ribeira).
E chega, que não tive tempo para ler muito.
Apreensão deixa-me o estado da coisa comunicacional; observar o fascínio e a sedução exercidos por Cunhal, que indubitavelmente os desprezava, numa chusma de profiteurs do sistema que ocupam a tempo inteiro os aparelhos de condicionamento ideológico da opinião pública, observar a submissão mental de uma burguesia instalada que só foi anti-comunista quamndo julgou que existia o perigo de os comunistas lhe chegarem aos bolsos, é pelo menos irritante para quem desde que se conhece rejeitou in toto a influência deletérea da grande heresia dos tempos modernos. Para todo o milieu, que é o poder, o comunismo é um conjunto de ideias óptimas, chiquérrimas, generosas a valer - aqui e ali com uma má aplicação, eventualmente com uns radicalismos, mas onde é que não há erros, né? De resto, tudo óptimo, tudo práfrentex, brutalmente avançado e com montes de cultura e verniz intelectual. O qué que querem?
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