A "apologia da mariquice"
A expressão é do deputado socialista Carlos Candal, em declarações na edição de hoje do semanário "O Diabo".
Critica ele o exibicionismo organizado, a propósito da ofensiva gay em curso. São palavras e razões semelhantes às que se podem ler no Esquadrão H, e no abaixo assinado promovido contra o lobby gay, contra a pedofilia, contra o casamento e adopção de crianças por homossexuais, ou na convocatória da manifestação do próximo 17 de Setembro.
A "crescente influência do lobby gay nos órgãos de comunicação e nos meios políticos" (não é só na TV, no teatro ou no cinema ...) é notada por todos.
Para que se compreenda perfeitamente a força e a natureza do caldo ideológico em que estamos mergulhados, mais duas pequenas notas.
Aqui há uns anos atrás, num momento de intenso combate político sobre o tema do aborto, deu nas vistas uma iniciativa de um grupo de jovens vedetas que se manifestaram no Parlamento ostentando os dizeres "nós também abortámos".
Passado muito tempo, algumas dessas jovens e belas profissionais (tudo gente da indústria do espectáculo, da moda, da comunicação, do marketing, da publicidade - apresentadoras de TV, modelos, cantoras, actrizes...) declararam com naturalidade que por acaso até nunca tinham feito tal coisa - a iniciativa era realmente um acto de militância, de solidariedade, dedicação à causa...
Eu diria que foi isso mas não foi só isso: com efeito, no mundo onde elas se movimentam aquilo traz vantagens, promocionais e, logo, económicas, aquilo é bem, é um golpe publicitário sem custos financeiros e com grande retorno em termos de carreira e de oportunidades. Dá uma visibilidade enorme e cria boa imagem: é muito bem visto. Sem duvidar do seu amor à causa, é forçoso observar que as raparigas estavam a servir os seus interesses.
Neste momento, e relativamente à questão do lóbi homossexual, impõe-se fazer uma observação paralela: já há quem não sendo gay resolva fingir que é, pelos motivos óbvios.
Hoje em dia, em Portugal, em inúmeros ambientes sociais e profissionais, mais nuns do que noutros, ser gay dá empregos, dá carreira, dá dinheiro. Abre portas e cria protecções e cumplicidades. Como se verifica nos exemplos do programa da SICK, ou nas declarações em recente entrevista do dirigente gay António Serzedelo, ele próprio candidato a deputado não por qualquer mérito próprio, mas exclusivamente por ser maricas - o mesmo critério com que foram escolhidos os figurantes do programa televisivo (Disse Serzedelo ao Independente: "Em todos os ministérios há figuras poderosas, ao mais alto nível, que são homossexuais e que favorecem os seus amigos, os seus compadres, as pessoas com quem foram para a cama, as pessoas com quem querem ir para a cama, ou aquelas pessoas que sabem com quem eles vão para a cama e precisam de ser caladas. A esse nível há certamente um lóbi. Mas é um lóbi secreto e clandestino que tem vergonha de se chamar a si próprio como tal".
Há tempos dizia um amigo como piada que antes era condenável, agora é incentivado, amanhã será obrigatório.
Obrigatório não sei se virá a ser; mas que nesta altura já é de toda a conveniência, isso parece não oferecer dúvida.
5 Comments:
Obrigatório, obrigatório é este texto. Explica tudo bem explicadinho, e, depois da sua leitura, só já não percebe quem não quer perceber.
Excelente!
Então mas ouve lá, a manif está anunciada há mais de 2 meses, e agora falam nisso porque saiu no Diabo?!
As jovens vedetas que disseram "Já Abortamos", ao serem entrevistadas na Segunda-Feira após o referendo do Aborto disseram que:
"Infelizmente não tivemos tempo de ir votar"
Meus senhores, enxerguem-se. Visitem qualquer forum na net de jovens gays e percebam de uma vez por todas ass angústias porque passam milhares e milhares de pessoas todos os anos...
É estranho que o famigerado lobby gay, apesar de tão poderoso, não chegue a estes jovens.
As elites sempre toleraram bem os homossexuais (dentro do espartilho da hipocrisia e da fachada hetero, bem entendido) mas não passam disso mesmo, de elites.
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