terça-feira, setembro 13, 2005

O fungágá da bicharada

Há dias convidava eu os leitores a que reparassem nas causas que animavam alguns exemplos tirados do cinema, onde era evidente a obediência à agenda política que se conhece.
Mencionei a propósito o caso da exaltação do aborto altruísta, na fita sobre a-enfermeira-heróica-e- boazinha-que-por-compaixão-fazia-abortos-contra-a-perversidade-das-leis-que-incompreensivelmente-persistem-em-tentar-travar-essas-práticas-generosas; a glorificação da eutanásia humanitária, com outro filme, (tenham pena do Ramón - vamos já acabar com ele), também irradiante de sensibilidade e bons sentimentos; e a consagração do esquadrão G com o prémio para o filme dos cow-boys-autênticos-que-afinal-também-são-maricas (Leão cor-de-rosa em Veneza).
E concluía que dois e dois são quatro, e só não vê quem não quer.
Porque há mesmo quem não queira ver.
Passando do cinema ao teatro, note-se o que se passa no nosso. Em Portugal, onde tão pouco teatro se faz, temos em cena no Casino Estoril o "Karamel", uma obra em que a vedeta Vítor de Sousa expande com gosto o seu proselitismo, e temos na Comuna uma outra peça, o "Gay Solo", onde a temática é a mesma. A pequena burguesia com pretensões a intelectual esquerdista alimenta-se na Comuna, a burguesia mais endinheirada com ideias avançadas doutrina-se no Estoril.
Porém, como é sabido, as massas estão hoje dependentes muito mais da TV do que do cinema ou do teatro. Estes fazem a cabeça às élites urbanas. A caixinha mágica procura condicionar todos por igual e sem excepção.
Passemos então ao que se passa nas nossas televisões. Há poucos dias as duas estações de maior audiência exibiam em simultâneo, no melhor horário, uma delas o novo programa "Não és homem não és nada" e a outra a novela "Ninguém como tu". Em comum nos dois, o tema de fundo: a promoção e valorização dos comportamentos homossexuais.
Acrescente-se o outro grande lançamento da época, "Senhora Dona Lady", e constate-se a permanência da temática e da táctica.
Será preciso ainda recordar os serões de Herman, onde um esfuziante e agressivo fungágá da bicharada passou a ser a ementa de todas as semanas?
Cabe perguntar onde estão as maiorias e as minorias, ou quem protege afinal os direitos das maiorias.

1 Comments:

At 8:14 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Este é um frio e nítido retrato do panorama audiovisual português que temos e que é aviado pelo Estado (a que isto chegou), pelo visconde de Balse'pé' e pelo conde Pais Am'o'ral.
Raios os partam!

 

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