Évora: a dança das cadeiras
Falo de uma dança entre socialistas, pois claro. Aquilo pelo PS eborense continua animado. Muitos já estão arrumados, mas a parte final é sempre mais renhida. Sobe portanto o nervosismo e a emoção.
Ultimamente tenho estranhado a permanência de Henrique Troncho como Governador Civil, decorrido tanto tempo sobre o anúncio da sua ida para a cobiçada cadeira da presidência da EDIA. Podia até começar a surgir a dúvida sobre a nomeação, mas não há razão para tanto. É mesmo oficial.
Mas se é assim porque tarda a substituição? Recorde-se que logo com a notícia da indigitação de Troncho (podem chamar-lhe troncho, mas é fino como um alho) para a EDIA, surgiu o rumor de que a cadeira de Governador Civil estava reservada para Fernanda Ramos, o que se harmonizava bem com as aparências (esta tinha-se desligado da Câmara, estava aí disponível para as curvas, a função é notoriamente do seu agrado...).
Porém, parece que nesta parte houve algo que emperrou o processo. Segundo fontes habitualmente bem informadas (não é bonita, a expressão?) nem os socialistas estão pelos ajustes com a perspectiva de ver Fernanda Ramos Governadora Civil. Pelo menos uma parte substancial deles, e que também sabem mexer-se na dança. Dizem que a senhora é insuportável, demais. No Governo Civil só ia trazer sarilhos. E rumoreja-se agora que esse assento já não irá para a D. Fernanda: o eleito será Manuel Melgão (como se não nos bastassem já todas as melgas que vamos aturando...).
A solução Melgão traria várias conveniências: por um lado o homem é inofensivo, não ameaça ninguém nem faz medo a quem quer que seja, e por outro o cargo é menos exigente do que o de vereador na Câmara, leia-se que ressaltam menos as limitações pessoais. E depois, não menos importante, podia ficar a trabalhar como vereador junto do Dr. Ernesto o seu assessor Monarca Pinheiro, que por azares eleitorais ficou mesmo à porta da vereação.
Não sei se estou enganado ou não; mas contaram-me assim. E não está mal visto. Só não estou a ver qual virá a ser então a cadeira para Fernanda Ramos. Mas algo se há-de arranjar.
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