sexta-feira, dezembro 30, 2005

Tempo de Natal

São Paulo nos ensina que o que parece ser loucura de Deus é mais sábio que os homens, e o que parece ser fraqueza de Deus é mais forte do que toda força humana.
O Verbo veio no meio de nós na fraqueza e na indigência, revelando-nos, desde o Seu nascimento até a Sua morte na cruz, a sabedoria divina que é escândalo para os judeus e loucura para os pagãos.
A festa de Natal está marcada por esse contraste, esse confronto entre a luz e as trevas, a verdadeira e a falsa sabedoria, a humildade e o orgulho.
Nada mudou desde então, pois entre a luz e as trevas nunca haverá conciliação.
Sem cessar, até o fim do mundo, veremos os inimigos da cruz, os inimigos da sabedoria divina levantarem suas bandeiras e investirem contra a Cidade de Deus com toda a sorte de erros e heresias.
Em nossos tempos, a nova teologia, ou seja, o progressismo, como um novo Herodes, tenta matar Nosso Senhor presente pela Fé na alma dos católicos.
"Se eu não tivesse vindo e não lhes tivesse falado, eles não teriam culpa, mas agora eles não têm desculpa de seu pecado". (Jo. 15, 22).
Nosso Senhor já veio e já nos falou. Sua Santa Igreja já definiu, já condenou desde os séculos passados os erros modernos. Já não há desculpa para o seu pecado. Já não há argumento para sua defesa. Já não há fundamento para sua doutrina.
Nos dias sombrios em que vivemos, fixemos nossos olhares no autor de nossa Fé e ao desfrutar as alegrias da festa de Natal peçamos a graça de estarmos sempre prontos para continuar o bom combate para um dia receber a coroa que o justo Juiz nos dará se seguirmos nosso Salvador que veio ao mundo conquistar nossas almas pela Santa Cruz.

ir. Tomás de Aquino, O. S. B.
(Mosteiro de Santa Cruz)