Falemos de modas
A direita roncante, sempre pronta a bater-se em guerras dos outros e a alhear-se nas que lhe dizem respeito, anda por aí a espumar de raiva na sequência dos tumultos surgidos a pretexto de umas desengraçadas caricaturas de Maomé.
Somos todos dinamarqueses, dizem. Eu não sou dinamarquês, não me sinto dinamarquês, e não sei de nenhum dinamarquês que se sinta português.
Sei que sou português, e politicamente nacionalista. Não xenófobo, instinto a que nunca fui dado e que sempre me causou uma incompreensão inultrapassável. Sei bem que só temos uma terra, e que todos teremos que viver nela, mal ou bem, de acordo com o que fizermos.
Liberdade de expressão, berram. Mas os que vemos a bramir por tal liberdade são os mesmos que nas suas próprias sociedades espalham esconjuros, interditos e tabus, ardendo em zelo contra os réprobos que apontam às cadeias.
Conheço-os perfeitamente, e tenho-os como uma canalha que não acredita em nada e que chama liberdade à faculdade ilimitada de achincalhar as crenças dos outros.
Acrescento que me provoca a maior repulsa a ideia do “choque de civilizações”, que desde que por aí circula logo me pareceu muito mais uma estratégia política do que uma interpretação da história.
É um projecto interessado, e não é difícil compreender a quem interessa.
Quando se depara um incêndio a lavrar, é importante observar de quem são as mãos que atearam o rastilho e quais as que se dedicam a atirar gasolina.
Neste processo dos cartoons que tinham sido publicados há uns bons meses, e que o tempo se encarregara de sepultar no esquecimento, o importante é olhar o momento e o mecanismo accionado: quem leva ao rubro o camponês de Java, o marinheiro bengali, o pescador nigeriano ou o criador de camelos iemenita não é um obscuro jornal dinamarquês, que nenhum deles conhece ou entenderia. Quem passa para o conjunto das sociedades ocidentais a imagem de um “mundo islâmico” ameaçador e fanatizado, erguido como um todo contra o Ocidente, montando para isso artificiosamente umas imagens de uns centos em Beirute, umas dezenas em Dacca, uns milhares de manifestantes em Gaza, são coincidentemente os mesmos meios que passam para lá a imagem de um Ocidente como um todo que despreza e ofende e estigmatiza todos os muçulmanos.
Não existe uma “civilização islâmica” a funcionar como uma realidade unitária e a abater-se sobre as portas da cidade, como não existe um “ocidente” que como um bloco se dedique a espezinhar e a explorar as massas islâmicas. Mas essas dicotomias e oposições podem ser estimuladas, de modo a criar-se a realidade desejada. É isto o “choque de civilizações” em marcha.
Eu percebo muito bem quem procura abrigo debaixo desse chapéu. E a mim não me apanham nisso.
Somos todos dinamarqueses, dizem. Eu não sou dinamarquês, não me sinto dinamarquês, e não sei de nenhum dinamarquês que se sinta português.
Sei que sou português, e politicamente nacionalista. Não xenófobo, instinto a que nunca fui dado e que sempre me causou uma incompreensão inultrapassável. Sei bem que só temos uma terra, e que todos teremos que viver nela, mal ou bem, de acordo com o que fizermos.
Liberdade de expressão, berram. Mas os que vemos a bramir por tal liberdade são os mesmos que nas suas próprias sociedades espalham esconjuros, interditos e tabus, ardendo em zelo contra os réprobos que apontam às cadeias.
Conheço-os perfeitamente, e tenho-os como uma canalha que não acredita em nada e que chama liberdade à faculdade ilimitada de achincalhar as crenças dos outros.
Acrescento que me provoca a maior repulsa a ideia do “choque de civilizações”, que desde que por aí circula logo me pareceu muito mais uma estratégia política do que uma interpretação da história.
É um projecto interessado, e não é difícil compreender a quem interessa.
Quando se depara um incêndio a lavrar, é importante observar de quem são as mãos que atearam o rastilho e quais as que se dedicam a atirar gasolina.
Neste processo dos cartoons que tinham sido publicados há uns bons meses, e que o tempo se encarregara de sepultar no esquecimento, o importante é olhar o momento e o mecanismo accionado: quem leva ao rubro o camponês de Java, o marinheiro bengali, o pescador nigeriano ou o criador de camelos iemenita não é um obscuro jornal dinamarquês, que nenhum deles conhece ou entenderia. Quem passa para o conjunto das sociedades ocidentais a imagem de um “mundo islâmico” ameaçador e fanatizado, erguido como um todo contra o Ocidente, montando para isso artificiosamente umas imagens de uns centos em Beirute, umas dezenas em Dacca, uns milhares de manifestantes em Gaza, são coincidentemente os mesmos meios que passam para lá a imagem de um Ocidente como um todo que despreza e ofende e estigmatiza todos os muçulmanos.
Não existe uma “civilização islâmica” a funcionar como uma realidade unitária e a abater-se sobre as portas da cidade, como não existe um “ocidente” que como um bloco se dedique a espezinhar e a explorar as massas islâmicas. Mas essas dicotomias e oposições podem ser estimuladas, de modo a criar-se a realidade desejada. É isto o “choque de civilizações” em marcha.
Eu percebo muito bem quem procura abrigo debaixo desse chapéu. E a mim não me apanham nisso.
15 Comments:
Concordo consigo em que tudo isto que enche jornais é dirigido pelos interessados criadores da "História", sempre os mesmos. Às vezes, a grande encenação não serve senão para angariar "pequenos" proveitos mas, como eles sabem bem, "grão a grão..." Quando se vê o "Le Monde" a reproduzir os bonecos pode ter-se a certeza de que há urdidura e boa coisa não será.
Porém, nesta tempestade das caricaturas haverá mais a notar:
1)Os cidadãos nórdicos, sempre tão limpinhos e politicamente correctos, a votar obedientes no socialismo previdencial (mas isso também já era, ao que parece)e a apoiar a libertação dos povos oprimidos, apanham com ovos na cara o que é divertido de ver.
2) O muçulmano atrasado rebenta com carros e embaixadas. Os adeptos do Futebol C. do Porto, partem o carro do treinador. Isto é que dá arrepios, ter mouros por compatriotas, país de mouros, Portugal!
Também não me assusta o choque de civilizações, é preciso haver duas pelo menos. O que há é uma civilização e a imensa barbária que a infiltra.
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
"..., montando para isso artificiosamente..."
Ai sim!?
Ah foram 'montadas'!!
Artificiosamente, ainda por cima!!
Um gajo está sempre a aprender.
Então quem é a 'gente' que vemos nas imagens?
O caché foi grande?
Que enorme super-produção!
O 'choque de Civilizações' não existe, única e exclusivamente, devido ao evidentíssimo facto de não estarmos perante DUAS civilizações.
O maniqueísmo do Manuel é absolutamente espantoso.
Consegue a suprema proeza de (para além da inevitável 'cassete' presente nas linhas e entrelinhas) ser maior que o meu próprio maniqueísmo.
Good Guys vs. Bad (Really BAD) Guys!
Está de parabens!
Nem eu faço melhor!
nota: ao contrário do que lhe parece, a Direita (e muito menos o título de 'verdadeira Direita') não é propriedade só de alguns. Por muito que lhe custe a aceitar esse facto.
Só mais uma coisinha.
A Liberdade de Expressão (com maiúscula) deve ser irrestrita (sim, leu bem) e para TODOS (esquerda, direita, fachos,comunas, mafomas, revisionistas.....).
Quem se sentir mal, atingido ou, simplesmente, lhe doerem os dentes ou as articulações dos membros anteriores pode (e deve) usar o direito de resposta e/ou os meios legais.
Ao contrário de uns e outros eu não defendo a liberdade de expressão só para alguns, quando me interessa ou só quando 'dá jeito'.
Bravo caro Azinhal, deixe-me elogiar a sua agilidade intelectual.
Infelizmente ainda há muito nacionalista que come gato por lebre.
Eu não gosto de aceitar as coisas a "face value".
"Ao contrário de uns e outros"
Não. Não é para o Pedro Guedes.
:)
"Não. Não é para o Pedro Guedes."
Isso já está no domínio da obsessão... :)
O "reconquista" até pelo nick que tem devia saber (e sabe) que realmente estamos num país de mouros, mas não é por causa dos portuenses que partem carros, porque o povo do norte ser ou não "barbaro",que isso não faz dele mouro.
No Porto nunca existiram mourarias, já a sul do Douro bem sabemos o que existiu e existe...
Lembram-se do preservativo no nariz do Santo Padre? Não me recordo em que país ocorreu mas não me consta que o respectivo governo tenha pedido desculpas à Santa Sé. Cambada de filhos da puta!Desculpe lá o desabafo, ó Manuel.
Não tinha que pedir desculpas à Santa Sé da mesma forma que agora NINGUEM tem que pedir desculpas aos muçulmanos.
Um nojo pegado - além da tacanhez anti-europeia, a arenga de Azinhal é inimiga da liberdade e cobarde ou míope ao ponto de ignorar que há de facto uma guerra civilizacional em curso do Islão contra o resto do mundo (não apenas contra o Ocidente).
Mas falar de factos a esta gente é inútil, porque meteram na cabeça que «todas as religiões do livro traduzem as mesmas Verdades Eternas» e acabou, daí não passa.
A liberdade de expressão é o António fazer um cartoon do papa a enfiar uma camisinha no nariz e eu a poder insultá-lo por o ter feito.
Agora mete nojo ver o Saramago, que deve a sua fortuna a um chorrilo de insultos ao cristianismo, mostrar-se indignado pela publicação dos cartoons.
Islamismo...
Para quem se der a esse trabalho, nomeadamente através da consulta de bases de dados islâmicas (por exemplo), é rápida a conclusão de que Maomé foi muito pródigo em ordens de assassinato de todos aqueles que se lhe opuseram.
O primeiro assassinato por ordem de Maomé, de que encontramos descrição nas fontes islâmicas, foi o de uma mulher, viúva, de nome Asma, que compôs versos satirizando o autoproclamado profeta. Uma situação em muito semelhante àquela com que actualmente nos deparamos. Maomé desafiou os seus seguidores a assassinarem a mulher que o afrontou no terreno da ironia. Quem respondeu ao desafio foi um discípulo cego chamado Umair. O devoto apunhalou-a enquanto esta dormia amamentando o seu bebé. Segundo os relatos, ao ouvir isto, Maomé exclamou: «Vede um homem que assistiu o Senhor e o seu profeta. Chamai-lhe não cego, mas antes Umair “o vidente”.
De muitos mais assassinatos às ordens de Maomé se encontra descrição nos hadith.
Alguns exemplos, em tradução directa a partir da colectânea de Al Bukhari, tal como constam da referida base de dados islâmica:
Volume 4, Livro 52, Número 259:
Narrado por Abu Huraira:
O Apóstolo de Alá enviou-nos numa missão (i.e. missão armada) e disse: “se encontrardes fulano e sicrano, queimai-os a ambos com fogo”. Quando estávamos prestes a partir, o Apóstolo de Alá disse: “ordenei-vos que queimásseis fulano e sicrano, e ninguém senão Alá pune com o fogo, portanto, se os encontrardes, matai-os”.
Volume 4, Livro 52, Número 265:
Narrado por Al-Bara bin Azib:
O Apóstolo de Alá enviou um grupo dos de Ansar a Abu Rafi. Abdullah bin Atik penetrou na sua casa durante a noite e matou-o enquanto ele dormia”
Volume 4, Livro 52, Número 270:
Narrado por Jabir bin 'Abdullah:
O Profeta disse: “Quem está disposto a matar Ka'b bin Al-Ashraf, que ofendeu deveras Alá e o seu Profeta?” Muhammad bin Maslama disse: “Ó Apóstolo de Alá! Queres que eu o mate?” Ele respondeu afirmativamente. Assim, Muhammad bin Maslama dirigiu-se a ele (i.e. Ka'b) e disse: “Esta pessoa (i.e. o Profeta) encarregou-nos de pedir por caridade”. Ka'b replicou: “Por Alá, cansar-vos-eis dele”. Muhammad disse-lhe: “Temo-lo seguido, portanto desagrada-nos abandoná-lo antes de assistirmos ao fim da sua missão”. Muhammad bin Maslama continuou a conversar com ele desta forma até que encontrou oportunidade para o matar.
Volume 8, Livro 82, Número 795:
Narrado por Anas:
O Profeta cortou as mãos e os pés dos homens da tribo dos ‘Uraina e não cauterizou (os seus membros a esvair-se em sangue) até que por fim eles morreram.
Estes hadith de Al Bukhari são fontes incontornáveis e incontestáveis do islão. Nenhum muçulmano pio pode ou deve ignorá-las. Não nos esqueçamos que, no islão, Maomé é considerado como o máximo exemplo de vida, o homem mais perfeito que jamais caminhou ou caminhará sobre a terra.
Atente-se também no que diz o corão. Por exemplo:
Sura 9, versículo :5 :"Mas quando passarem os meses de interdição, então combatei e matai pela espada todos aqueles que associam outros deuses a Alá onde quer que os encontreis; cercai-os, assaltai-os pela força, esperai-os com toda a espécie de emboscadas...”.
De igual modo, a sura 47, versículo 4: “Quando encontrardes os infiéis, cortai-lhes a cabeça, até fazerdes grande matança entre eles”.
A sura 9, versículo 29, afirma: “fazei a guerra contra aqueles que tomaram conhecimento das escrituras e não acreditaram em Alá, ou no dia do juízo, e que não proíbem o que Alá e o seu apóstolo proibiram... até que paguem tributo”.
A sura 5, versículo 33, ordena: “a recompensa daqueles que combatem Alá e o seu Mensageiro, e espalham a desordem sobre a terra, é apenas a de que devem ser mortos, ou crucificados, ou terem as suas mãos e pés amputados em lados opostos...”
Na sura 48, versículos 16-17, lê-se que todos os que morrem “a combater na guerra do Senhor (Jihad)” são ricamente recompensados, mas aqueles que batem em retirada são dolorosamente castigados.
A matança, por decapitação, dos cerca de 600-700 homens da tribo judia dos Banu Kuraiza de Medina, que se haviam rendido às tropas de Maomé, oferece um dos primeiros testemunhos da prática destas suras e preceitos corânicos. Repare-se que, segundo os relatos, a matança durou todo o dia, do raiar ao pôr do sol, e Maomé assistiu e orientou, imperturbável, as operações que se desenrolaram na praça principal da cidade. Até ficar com sangue pelos artelhos, segundo o ufano cronista. Deu, depois, ordens que as mulheres e crianças dessa tribo fossem reduzidas ao concubinato e à escravatura.
Quanto ao tratamento a dar às mulheres não muçulmanas cativas, atente-se neste hadith, também de Al Bukhari:
Capítulo 22, Livro 8, Número 3371:
Abu Sirma disse a Abu Sa'id al Khadri (que Alá se agrade dele): “Ó Abu Sa'id, ouviste o Mensageiro de Alá (a paz desça sobre ele) referir-se ao al-'azl [coito interrompido]? Disse ele: “Sim” e acrescentou: “Fomos em expedição com o Mensageiro de Alá (a paz desça sobre ele) contra os de Bi'l-Mustaliq e capturámos algumas mulheres árabes esplêndidas, e desejávamo-las, pois sofríamos da ausência das nossas mulheres (mas ao mesmo tempo) também desejávamos obter resgate por elas. Por isso, decidimos ter relações sexuais com elas observando o 'azl (retirando o órgão sexual masculino antes da emissão de sémen para evitar a concepção). Mas dissemos uns aos outros: “estamos a praticar um acto enquanto o Mensageiro de Alá se encontra entre nós, porque não perguntar-lhe?” Interrogámos, portanto, o Mensageiro de Alá (a paz desça sobre ele), que disse: “não tem importância alguma que o façais dessa forma ou da outra, pois todas as almas que tiverem de nascer daqui até ao Dia da Ressurreição hão de nascer”.
Ou no Capítulo 22, Livro 8, Número 3373:
Abu Sa'id al-Khudri (que Alá se agrade dele) relatou: “Fizemos cativas algumas mulheres e queríamos praticar o 'azl com elas. Perguntámos então ao Mensageiro de Alá (a paz desça sobre ele) o que fazer, e ele disse-nos: “Na verdade, fazei-o, na verdade, fazei-o, na verdade, fazei-o, mas a alma que tiver de nascer daqui até ao Dia do Julgamento há de nascer.”
Como se vê, para Maomé, a violação de cativas pelos muçulmanos é livre e nada importa que seja feita com coitus interruptus ou de outra forma.
Tudo isto demonstra a fortíssima ligação, desde a origem, entre islão e terrorismo.
A questão, para os muçulmanos, não é a da opção entre fundamentalistas e moderados, que é em larga medida uma ficção ocidental, mas saber se o islão é capaz de pensar criticamente estas suas fontes e de as rejeitar. Só isto permitirá que o islão aceda a uma civilização de respeito pelos direitos humanos, de respeito pela dignidade do homem, caso contrário será sempre uma poderosa força para degradação humana.
Eis aquilo a que os muçulmanos devem dar resposta: «Aceita ou não aceita estas passagens, partes indesmentivelmente integrantes do Islão mas merecedoras de severo exame e crítica? Rejeita-as no seu conteúdo? Não rejeita? Condena ou não condena os referidos actos de Maomé?»
Só a resposta a estas questões permitirá aferir do grau de moderação de um muçulmano e do seu respeito pela restante humanidade.
Talvez que o primeiro assunto a tratar por um muçulmano, a propósito do islão, que traduzido literalmente significa “submissão” e não “paz”, como nos querem fazer crer, seja o de dar resposta à questão do quantum de submissão compatível com a humanidade do homem.
Sinto-me com todo o direito a criticar, violentamente se necessário, com ironia e sarcasmo se me apetecer, todos estes e quaisquer outros aspectos do islão e da vida do seu profeta, Mafamede. Um cartoon é apenas uma forma condensada de crítica. Assistem-lhe os mesmos direitos que ao discurso verbalizado. Como tal, não vejo como se possa cercear legalmente, seja de que forma for, o exercício do direito a caricaturar, quando este exercício não contém em si nenhuma violência que não seja o furor da indignação da consciência. Não tem validade alguma o argumento de que isso pode ferir susceptibilidades. Essa é a própria essência da liberdade de expressão.
É extremamente infeliz, vergonhoso, que pessoas com responsabilidades representativas do Estado português, um Estado que se quer democrático, civilizado e respeitador dos direitos humanos, como é o caso do Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, não o consigam entender.
Por este andar, quais os livros a lançar ao fogo? Quais as páginas da literatura a apagar? As do humor virulento dos dadaístas? As da ironia surrealista? Cesariny? O’Neill?... Ou talvez Camões?... Gil Vicente?...
Pode-se compreender que quem viveu e conviveu, tranquila e refasteladamente, com o regime de Oliveira Baltazar tenha pouco apreço pelas liberdades próprias de um Estado democrático respeitador da dignidade humana, que junte, até, a sua voz ao coro ululante de protestos dos filo-fascistas contra a liberdade de expressão. Não custa perceber que aos nostálgicos de totalitarismos para-estalinistas, caso de alguns representantes de partidos comunistas e de mais alguns, cause engulho a livre expressão de ideias e de ideais.
Mas tais fenómenos são de molde a repugnar profundamente toda e qualquer pessoa que preze a liberdade, alicerce da dignidade do homem.
Porque é muito triste assistir à capitulação da civilização perante a barbárie.
Brilhante, caro anónimo, absolutamente brilhante, inclusivamente no que respeita à referência aos salazarentos que se borrifam para a Liberdade.
Publicarei este artigo no meu blogue
http://gladio.blogspot.com
fazendo evidentemente referência ao local em que a sua mensagem foi publicada. Se entretanto não quiser ver a sua mensagem publicada no Gladius, faça favor de dizer que prontamente a retirarei.
Saudações Nacionais em nome da Liberdade
Excelente intervenção, a deste anónimo das 2:32 pm. Convém não perder de vista o essencial, como ele bem o salienta. Já valeu a pena percorrer estes comentários, contra o que é habitual nas visitas curtas que ocorrem na blogosfera.
Enviar um comentário
<< Home