Contabilidade
Numa noite que ia comprida, estando já só dois ou três resistentes no sótão da velha casa do Barão de Quintela, de onde António Quadros procurava atrapalhadamente enxotar-nos sem cortar a corrente à conversa, o Orlando Vitorino confidenciou-me de súbito, inclinando-se e baixando a voz como quem diz um segredo, que segundo os seus cálculos existiam em Portugal umas quinhentas pessoas que liam.
Na altura olhei-o com algum sobressalto de espírito, mas pensando numa broma do filósofo – apesar da gravidade da expressão.
A verdade é que, decorridos quase vinte e cinco anos, estou cada vez mais convencido da razoabilidade da estimativa.
Ora vejam: o meu blogue conta com uns trezentos e trinta e tal leitores fiéis. Pensando na gente que foi morrendo ao longo do último quarto de século, admitindo ainda que uns poucos não têm computador, e por outro lado contabilizando também uns tantos que entretanto foram aprendendo a ler, tudo parece bater rigorosamente correcto.
Eram quinhentos então, andam pelos trezentos e cinquenta agora.
Na altura olhei-o com algum sobressalto de espírito, mas pensando numa broma do filósofo – apesar da gravidade da expressão.
A verdade é que, decorridos quase vinte e cinco anos, estou cada vez mais convencido da razoabilidade da estimativa.
Ora vejam: o meu blogue conta com uns trezentos e trinta e tal leitores fiéis. Pensando na gente que foi morrendo ao longo do último quarto de século, admitindo ainda que uns poucos não têm computador, e por outro lado contabilizando também uns tantos que entretanto foram aprendendo a ler, tudo parece bater rigorosamente correcto.
Eram quinhentos então, andam pelos trezentos e cinquenta agora.
1 Comments:
se calhar menos, se existirem muitos como eu, que acedo de dois computadores
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