sexta-feira, junho 30, 2006

Os 70 anos da Guerra Civil de Espanha

Completam-se a 18 de Julho próximo setenta anos sobre o levantamento que marcou decisivamente o vasto conflito que ficou conhecido como a Guerra Civil de Espanha.
Vem a propósito recordar a História, até porque muita da violência e do radicalismo desse confronto resultou da sua essencialidade para a expansão do comunismo, até então invencível e, tudo fazia crer, irresistível.
Tivesse vencido a sovietização de Espanha, com a inevitável sovietização de Portugal que se lhe seguiria de imediato e a muito provável sovietização da França, nas mãos da Frente Popular, que viria a seguir, e estaria consumado o cerco de toda a restante Europa Ocidental, corolário da estratégia de Estaline.
A derrota do comunismo em Espanha, a primeira sofrida por esse grande mal do século, até aí imparável, constituiu um marco na história universal.
Procurando uma visão global dos acontecimentos, afigura-se que o comunismo internacional só veio a deparar com derrotas de alcance estratégico comparável a esse em 1964 na Indonésia, que lhe frustrou definitivamente as possibilidades de expansão em todo a Ásia Insular e Oceania, e em 1973 no Chile, que assinalou definitivamente o malogro dos projectos de comunização das Américas do Sul e Central.
E, não será despropósito lembrar, também o fracasso ocorrido em Portugal em 1975 (ano em que curiosamente se verificam os últimos grandes triunfos do movimento comunista, designadamente Vietname e África Portuguesa, que lhe permitiram uma derradeira manifestação de vitalidade) o qual veio a selar o destino do movimento na Europa, de que os acontecimentos da derrocada de 1989 foram a expressão definitiva - vindo a ser ao mesmo tempo a vacina de que Kissinger falou e uma espécie de antibiótico poderoso.
Tirando esses marcos decisivos, o que se observa é que entre 1917 e 1936 foram só vitórias, e de 1940 para a frente também parecia não haver mais lugar a derrotas.
Daí a extraordinária relevância, universal, do conflito que se travou em terras de Espanha, em que se jogou o destino do mundo - entre as forças que se batiam por essa primeira grande tentativa de globalização, que o comunismo efectivamente foi, e as forças daqueles que apareceram para lhe deter a marcha.
Por isso que não será demais relembrar a importância crucial do conflito, como com inteira oportunidade o faz hoje o Aliança Nacional.
Que venham outros contributos, até para que se faça luz sobre a História verdadeira, tão obscurecida ela anda por conveniências e interesses vários, de agora, que convergem na política, na escola e na cultura para distorcer a memória dos homens em geral (e assegurar a boa ventura de alguns deles, pela sobrevivência das mistificações que lhes permitem ter cara para continuar na ribalta).

3 Comments:

At 8:32 da tarde, Anonymous Anónimo said...

España, como siempre, en primera línea en la lucha contra los enemigos de Occidente (Covadonga, Lepanto, Cruzada contra los soviets.....) ¡Hasta que llegó el claudicante Zp!

 
At 8:34 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Brillantes estudios sobre la Guerra civil española de don Pío Moa, don César Vidal y de don Ricardo de la Cierva

 
At 8:55 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Essa teoria dos dominós aplicada aos comunistas tá fixe. Mais um bocadinho e podíamos dizer que a Alemanha e a Itália ter-se-iam tornado comunistas também.

 

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