Um herói português
Ontem à noite tropeçou-me o olhar no televisor, e acabei por ficar um bom bocado atento ao que dizia um ancião meio tatebitates que me pareceu logo conhecido. Confesso que a sensação mais desconfortável foi de sobressalto e apreeensão: o homem está mesmo velho, e aquilo pode bem acontecer-me a mim.
Era o Vasco Pulido Valente, e esteve um ror de tempo a debitar sentenças, umas boas outras banais. Espicaçado pelo director do Público, um indiano de olhar espertalhão, e uma jornalista vivaça de ar pouco recomendável, o velhote lá foi desenrolando o que lhe veio à cabeça, visivelmente satisfeito e orgulhoso pela atenção das câmaras.
Quem conhece a alegria dos utentes de um lar de terceira idade perante visitas e atenções inesperadas, sabe do que falo.
O pretexto da entrevista era o lançamento de um livrinho (150 páginas) sobre Henrique de Paiva Couceiro, que estará por estes dias a aterrar por aí e que como mandam as normas tem que ser atempadamente anunciado por trompas e tambores.
Chama-se a obra «Um Herói Português - Henrique Paiva Couceiro (1861-1944)», editada por Aletheia Editores.
Cá esperamos o fruto de tão prodigiosas meninges, e se possível também editaremos algo sobre Paiva Couceiro.
Entretanto, podem aproveitar para ler a bela evocação que há tempos foi publicada no "Je Maintiendrai" sobre o filho do herói, Miguel de Paiva Couceiro.
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