Rassemblement pour le Liban
De um modo que me parece intrigante, constato que nunca no abundante noticiário produzido por estes dias sobre o Líbano surge sublinhada a circunstância de se tratar indiscutivelmente do mais livre, democrático, pluralista e ocidentalizado dos estados da área. Não devia ser um pormenor insignificante.
Mas deixemos o detalhe, que vinha falar de outro tema.
O maior partido representativo dos cristãos libaneses é actualmente o Rassemblement Pour le Liban (segundo o critério dos votos e dos lugares no Parlamento).
Mas deixemos o detalhe, que vinha falar de outro tema.
O maior partido representativo dos cristãos libaneses é actualmente o Rassemblement Pour le Liban (segundo o critério dos votos e dos lugares no Parlamento).
Trata-se do agrupamento chefiado pelo General Michel Aoun, criado após o regresso do seu exílio de quinze anos em França (recorde-se que o General tinha ousado declarar guerra à Síria, quando no exercício do cargo de Primeiro-Ministro, e perdendo essa guerra foi forçado a sair do país, a que só regressou já no mandato de Émile Lahoud, actual Presidente, também cristão maronita, com quem negociou as condições do regresso).
Michel Aoun é um cristão maronita, de origem social modesta, e logrou mobilizar a comunidade cristã em torno de uma posição nacionalista libanesa, ultrapassando os tradicionais chefes oriundos das famílias que sempre tinham dominado a política entre os cristãos, como os Gemayel, Chamoun, Franjieh, Geagea, sendo hoje o mais importante líder político cristão, e demonstrando-o tanto nas eleições como na mobilização popular massiva que determinou a retirada das forças sírias do país, ainda não há muito tempo.
Para conhecer as posições e as reacções dos cristãos do Líbano (insusceptíveis de qualquer suspeita de simpatia pela Síria, Irão ou Hezbollah), recomendo as páginas do Rassemblement Pour le Liban.
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