Escrevendo na areia
Eis um acertadíssimo artigo de Manuel Brás, provavelmente condenado a passar despercebido (até junto dos destinatários imediatos...).
REQUIEM ESCOLAR
E lá foram mais 39. Os “novos tempos” reservam ao Ministro da Educação, seja ele, ou ela, quem for, o papel de coveiro. E foi isso que a ministra foi fazer a Trás-os-Montes, por muitos sorrisos que tenham brilhado, e por muito bem que isso tenha parecido.
Mais importante que lamentar a pertinência de tais medidas, que têm a sua justificação em termos financeiros, importa conhecer detalhadamente as suas causas. E dessas, quase todos têm medo de falar.
Essa causa é o declínio demográfico da população portuguesa dos últimos trinta anos. E é evidente que um logro desses não se consegue sem criar uma mentalidade em que a maternidade é vista, em princípio, como uma coisa má e nefasta, a evitar, caindo para um lugar insignificante da vida de muitas pessoas, como mais uma opção como tantas outras.
Ora, chegou-se a este ponto, em boa medida, através da mentalização escolar, mais elaborada nos últimos anos através da chamada “educação sexual”. Aliás, muitos professores estão a começar a colher as tempestades dos ventos que eles próprios, ou outros, começaram a semear há 30 anos.
Quem tiver dúvidas, é só olhar para a “evolução” da taxa de natalidade.
Também aqui, e como é costume, as responsabilidades não se apuram e a ninguém é apontado o dedo. Foi tudo espontâneo, tudo espontâneo.
O resultado é este: há professores a mais para, cada vez, menos alunos e escolas operacionais, parecendo não haver outra solução que dispensar professores, mesmo com o Estado a tomar medidas e a governar mais em função do preenchimento de horas lectivas de professores do que das reais necessidades académicas dos alunos. De pouco ou nada adiantará, em termos de eficácia académica, criar mais disciplinas para “aguentar” um maior número de professores e entreter durante mais tempo um menor número de alunos.
Pior ainda, são aquelas pessoas que com isto se conformam, preferindo ignorar que a nossa sobrevivência enquanto Povo e Comunidade começa a ficar ameaçada
Aqui está uma boa causa – a do declínio demográfico e suas consequências – para a Nova Direita pegar.
Mais uma herança do monopólio cultural da esquerda, perante a qual a “direita” à moda do Prof. Marcelo se curvou – e curva – religiosamente.
REQUIEM ESCOLAR
E lá foram mais 39. Os “novos tempos” reservam ao Ministro da Educação, seja ele, ou ela, quem for, o papel de coveiro. E foi isso que a ministra foi fazer a Trás-os-Montes, por muitos sorrisos que tenham brilhado, e por muito bem que isso tenha parecido.
Mais importante que lamentar a pertinência de tais medidas, que têm a sua justificação em termos financeiros, importa conhecer detalhadamente as suas causas. E dessas, quase todos têm medo de falar.
Essa causa é o declínio demográfico da população portuguesa dos últimos trinta anos. E é evidente que um logro desses não se consegue sem criar uma mentalidade em que a maternidade é vista, em princípio, como uma coisa má e nefasta, a evitar, caindo para um lugar insignificante da vida de muitas pessoas, como mais uma opção como tantas outras.
Ora, chegou-se a este ponto, em boa medida, através da mentalização escolar, mais elaborada nos últimos anos através da chamada “educação sexual”. Aliás, muitos professores estão a começar a colher as tempestades dos ventos que eles próprios, ou outros, começaram a semear há 30 anos.
Quem tiver dúvidas, é só olhar para a “evolução” da taxa de natalidade.
Também aqui, e como é costume, as responsabilidades não se apuram e a ninguém é apontado o dedo. Foi tudo espontâneo, tudo espontâneo.
O resultado é este: há professores a mais para, cada vez, menos alunos e escolas operacionais, parecendo não haver outra solução que dispensar professores, mesmo com o Estado a tomar medidas e a governar mais em função do preenchimento de horas lectivas de professores do que das reais necessidades académicas dos alunos. De pouco ou nada adiantará, em termos de eficácia académica, criar mais disciplinas para “aguentar” um maior número de professores e entreter durante mais tempo um menor número de alunos.
Pior ainda, são aquelas pessoas que com isto se conformam, preferindo ignorar que a nossa sobrevivência enquanto Povo e Comunidade começa a ficar ameaçada
Aqui está uma boa causa – a do declínio demográfico e suas consequências – para a Nova Direita pegar.
Mais uma herança do monopólio cultural da esquerda, perante a qual a “direita” à moda do Prof. Marcelo se curvou – e curva – religiosamente.
1 Comments:
SEria interessante verificar qual o contributo pessoal do autor deste blogue para o declínio demográfico.
E qual a proposta da "direita" para "resolver o problema".
Gravidezes compulsivas?
Quanto á escassez de alunos - menos alunos, melhor redistrubuição de recursos, turmas mais equilibrdas, melhores equipamentos, espaços menos sobrelotados, melhor ratio professor - aluno - em suma melhor qualidade de ensino público.
Só vantagens.
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