Reductio ad Hitlerum
Reductio ad Hitlerum, reductio ad Hitlerem, argumentum ad nazium...
Não é uma figura de estilo, é uma técnica de debate. E por mais falaciosa que seja a sua lógica de associação (Hitler gostava de cães; tu adoras cães; logo...) o seu uso intensivo e generalizado não dá sinais de desaparecer dos hábitos sociais e políticos.
A popularidade da técnica e a sua frequente utilização levaram mesmo à formulação da conhecida Lei de Godwin: "As an online discussion grows longer, the probability of a comparison involving Nazis or Hitler approaches one".
Quanto mais se prolonga uma discusão, mais aumentam as probabilidades de surgir o argumento: Hitler, ou os nazis, disseram, ou fizeram... a comparação fica, a evocação do Mal Absoluto paralisa qualquer possibilidade de análise séria do que estava em discussão.
Nós, e acreditamos que todos os que nos lêem, conhecemos bem o funcionamento prático da lei, muito antes da internet existir, e de Godwin a ter apresentado, em 1990.
Ao que parece o primeiro a mencionar e autonomizar a categoria referida foi Leo Strauss, em 1950, no seu "Natural Right and History":
"In following this movement towards its end we shall inevitably reach a point beyond which the scene is darkened by the shadow of Hitler. Unfortunately, it does not go without saying that in our examination we must avoid the fallacy that in the last decades has frequently been used as a substitute for the reductio ad absurdum: the reductio ad Hitlerum. A view is not refuted by the fact that it happens to have been shared by Hitler."
Infelizmente, por mais falaciosa que seja a técnica, e por ridículas ou caricatas que sejam por vezes as situações resultantes, ela constitui uma arma terrível e exerce uma atracção irresistível, sobretudo quando todos os argumentos faltam.
Podemos portanto estar certos que em qualquer troca de ideias, e sobretudo na falta delas, não deixaremos de continuar a observar o uso recorrente da falácia; o efeito instantâneo de condenação e de inibição continuará a garantir o seu sucesso.
Não é uma figura de estilo, é uma técnica de debate. E por mais falaciosa que seja a sua lógica de associação (Hitler gostava de cães; tu adoras cães; logo...) o seu uso intensivo e generalizado não dá sinais de desaparecer dos hábitos sociais e políticos.
A popularidade da técnica e a sua frequente utilização levaram mesmo à formulação da conhecida Lei de Godwin: "As an online discussion grows longer, the probability of a comparison involving Nazis or Hitler approaches one".
Quanto mais se prolonga uma discusão, mais aumentam as probabilidades de surgir o argumento: Hitler, ou os nazis, disseram, ou fizeram... a comparação fica, a evocação do Mal Absoluto paralisa qualquer possibilidade de análise séria do que estava em discussão.
Nós, e acreditamos que todos os que nos lêem, conhecemos bem o funcionamento prático da lei, muito antes da internet existir, e de Godwin a ter apresentado, em 1990.
Ao que parece o primeiro a mencionar e autonomizar a categoria referida foi Leo Strauss, em 1950, no seu "Natural Right and History":
"In following this movement towards its end we shall inevitably reach a point beyond which the scene is darkened by the shadow of Hitler. Unfortunately, it does not go without saying that in our examination we must avoid the fallacy that in the last decades has frequently been used as a substitute for the reductio ad absurdum: the reductio ad Hitlerum. A view is not refuted by the fact that it happens to have been shared by Hitler."
Infelizmente, por mais falaciosa que seja a técnica, e por ridículas ou caricatas que sejam por vezes as situações resultantes, ela constitui uma arma terrível e exerce uma atracção irresistível, sobretudo quando todos os argumentos faltam.
Podemos portanto estar certos que em qualquer troca de ideias, e sobretudo na falta delas, não deixaremos de continuar a observar o uso recorrente da falácia; o efeito instantâneo de condenação e de inibição continuará a garantir o seu sucesso.
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