Antologia da asneira
A RTP tem andado a publicitar com enorme espalhafato uma sua iniciativa chamada "Os Grandes Portugueses". Publicada a lista das suas sugestões, causaram grande estranheza as exclusões (nem falo das inclusões que pelo menos a mim causaram grande divertimento). Perante o espanto geral quanto ao esquecimento de Salazar, a nossa santa televisão reparou o lapso. Propõe agora à votação um tal "António de Oliveira Salazar - Político - 1889-1970". Eis o retrato do sujeito, em traços breves e expressivos.
Dirigiu, de forma ditatorial, os destinos do País durante quatro décadas. Foi ministro das Finanças, Presidente do Conselho de Ministros, fundador e chefe do partido da União Nacional. Afastou todos os que tentaram destituí-lo do cargo. Instituiu, de forma brutal, a censura e a polícia política. Criou dois movimentos paramilitares: a Legião e a Mocidade Portuguesas. Mas equilibrou as finanças públicas, criou as condições para o desenvolvimento económico, mesmo que controlado, e conseguiu que Portugal não fosse envolvido na Segunda Guerra Mundial. Separou os poderes do Estado e da Igreja. Figura controversa, marcou sem dúvida a história do País.
Para que andaram a picar os rapazes? Continuassem eles caladinhos e sempre se evitavam estas tristezas. Em boca fechada não entra mosca, nem sai asneira.
2 Comments:
E já lei a Biografia do maior "Santo" de Portugal.
Santo Afonso Costa de Seia, tão bonzinho, tão bonzinho, tão generoso, tão generoso.
Que até chateia
A parte do "equilíbrio nas finanças" e da "criação de condições para o desenvolvimento económico"...ainda vai pôr alguém no desemprego...! Cheira-me...
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