O escândalo da "fábrica do sabão"
Há muito que não saltava a público uma porcaria de tais proporções; quanto mais falam os responsáveis e mais desculpas esfarrapadas lançam para o ar mais se sente o cheiro nauseabundo e mais alastra a nódoa vergonhosa.
Não há maneira de esconder a evidência dos factos: o primeiro, é que alguns vão embolsar milhões, muitos milhões; o segundo, é que os decisores no processo trabalharam para esse resultado. Sabiam e queriam o que fizeram.
Sendo do conhecimento público e do conhecimento particular deles o destino anunciado para os terrenos em questão, como explicar a aprovação, e a pressa dela, de um projecto que de antemão era sabido que só iria originar direitos a indemnizações elevadíssimas?
Olhando para este caso, e para outros parecidos, fica-se perplexo com o discurso sobre a penúria das finanças públicas. Um Estado que tem recursos para alimentar isto tudo não pode falar em escassez. O que admira é como ainda há para tanto desperdício, tanta irresponsabilidade, tanta negociata, tanta corrupção verdadeira e despudorada a que nunca se ousa dar o nome certo.
Infelizmente, receio que os nossos meios de comunicação social, normalmente tão sequiosos de escândalos fúteis, nem sequer dêem a conhecer ao público com o devido realce a dimensão gigante deste rombo na fazenda nacional. Não haverá investigação sobre quem são os beneficiários, quem foram os executantes, quais as ligações entre eles. Roubo é coisa de pobre; isto é um golpe de génio.
Não há maneira de esconder a evidência dos factos: o primeiro, é que alguns vão embolsar milhões, muitos milhões; o segundo, é que os decisores no processo trabalharam para esse resultado. Sabiam e queriam o que fizeram.
Sendo do conhecimento público e do conhecimento particular deles o destino anunciado para os terrenos em questão, como explicar a aprovação, e a pressa dela, de um projecto que de antemão era sabido que só iria originar direitos a indemnizações elevadíssimas?
Olhando para este caso, e para outros parecidos, fica-se perplexo com o discurso sobre a penúria das finanças públicas. Um Estado que tem recursos para alimentar isto tudo não pode falar em escassez. O que admira é como ainda há para tanto desperdício, tanta irresponsabilidade, tanta negociata, tanta corrupção verdadeira e despudorada a que nunca se ousa dar o nome certo.
Infelizmente, receio que os nossos meios de comunicação social, normalmente tão sequiosos de escândalos fúteis, nem sequer dêem a conhecer ao público com o devido realce a dimensão gigante deste rombo na fazenda nacional. Não haverá investigação sobre quem são os beneficiários, quem foram os executantes, quais as ligações entre eles. Roubo é coisa de pobre; isto é um golpe de génio.
2 Comments:
O Manuel poderia clarificar a que caso se está referindo?...
Bom, como todos os jornais e telejornais estão a falar disso eu dispensei-me de especificar...
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