Conversa sobre alfarrábios
Últimas descobertas de alfarrabista: uns números velhos das revistas "Gil Vicente" e "Acção".
Os primeiros são de 1947, e a velha revista vimaranense, tendo à frente D. José Ferrão e Manuel Alves de Oliveira, já então se envaidecia de ser a mais antiga publicação nacionalista portuguesa (contava na altura 22 anos).
A segunda revista merecia aqui referência mais detida: trata-se do órgão da Juventude Universitária Católica, de Lisboa, logo nos primórdios desse organismo. Sente-se o impulso directo do Cardeal Cerejeira, e nota-se a presença do que de melhor havia então entre os jovens católicos da academia lisboeta. O interessante é que o período em causa é o ano lectivo 1932/33. A revista começou a sair em Janeiro de 1933.... (pense-se na cronologia: movimento nacional-sindicalista, acção escolar vanguarda, mocidade portuguesa). A ideia que me ficou do exame é que ali estavam os jovens católicos do Patriarcado; as tropas juvenis de Cerejeira. Não seriam em número impressionante, mas eram um escol que viria a marcar presença na vida portuguesa. O achado mais valioso nestes números foi um artigo de Manuel Cavaleiro de Ferreira, sobre o Direito, que se tiver tempo hei-de passar para aqui. Julgo que será desconhecido de toda a gente, perdido que ficou numa revistinha estudantil de escassa divulgação. Encontrei também um curioso artigo de Luís Pinto Coelho, sobre neo-malthusianismo, muito a propósito nestes tempos que correm. A secção de Direito destacava-se, chefiada pelo próprio presidente da JUC, Manuel Rino, e por Francisco de Castro Caldas. Mas ter dois futuros Doutores como Cavaleiro e Pinto Coelho é obra!
Os primeiros são de 1947, e a velha revista vimaranense, tendo à frente D. José Ferrão e Manuel Alves de Oliveira, já então se envaidecia de ser a mais antiga publicação nacionalista portuguesa (contava na altura 22 anos).
A segunda revista merecia aqui referência mais detida: trata-se do órgão da Juventude Universitária Católica, de Lisboa, logo nos primórdios desse organismo. Sente-se o impulso directo do Cardeal Cerejeira, e nota-se a presença do que de melhor havia então entre os jovens católicos da academia lisboeta. O interessante é que o período em causa é o ano lectivo 1932/33. A revista começou a sair em Janeiro de 1933.... (pense-se na cronologia: movimento nacional-sindicalista, acção escolar vanguarda, mocidade portuguesa). A ideia que me ficou do exame é que ali estavam os jovens católicos do Patriarcado; as tropas juvenis de Cerejeira. Não seriam em número impressionante, mas eram um escol que viria a marcar presença na vida portuguesa. O achado mais valioso nestes números foi um artigo de Manuel Cavaleiro de Ferreira, sobre o Direito, que se tiver tempo hei-de passar para aqui. Julgo que será desconhecido de toda a gente, perdido que ficou numa revistinha estudantil de escassa divulgação. Encontrei também um curioso artigo de Luís Pinto Coelho, sobre neo-malthusianismo, muito a propósito nestes tempos que correm. A secção de Direito destacava-se, chefiada pelo próprio presidente da JUC, Manuel Rino, e por Francisco de Castro Caldas. Mas ter dois futuros Doutores como Cavaleiro e Pinto Coelho é obra!
E agora uma nota pessoal: sabe o Dr. Cruz Rodrigues quem encontrei como animadores da secção de Agronomia? Pois, entre outros, nem mais nem menos que dois nossos velhos e saudosos amigos: Agnelo Galamba de Oliveira e José Rebelo Vaz Pinto... É justo dizer-se que dos vinte aos oitenta anos nunca faltaram à chamada. Que Deus os tenha à Sua Santa Guarda.
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