Identidade
O que diz Pátria mas não diz glória
Com um silêncio de cobardia,
E ardendo em chamas, chamou vitória,
Ao medo e à morte daquele dia
A esse eu quero negar-lhe a mão,
Negar-lhe o sangue da minha voz,
Que foi ferida pela traição
E teve o nome de todos nós
O que diz Pátria sem ter vergonha
E faz a guerra pela verdade
Que ama o futuro, constrói e sonha
Pão e poesia para a cidade
A esse eu quero chamar irmão
Sentir-lhe o ombro junto do meu
Ir a caminho de um coração
Que foi de todos e se perdeu
António Manuel Couto Viana
3 Comments:
Se me tens pilhado tanta coisa porque é que não sacaste a música?
Deixas-me envergonhado, olha a ideia que fará de mim quem ler esse desabafo...
Se é por uma boa causa (e é-o, como se constata) não há mal na pilhagem...
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