Muito bem e muito obrigada pela parte que me toca. A nossa grande Amália no seu auge e que tão vilipendiada foi por estes farroupilhas armados em políticos, porque a eles não se quis vender. Enfim, por essas alturas começava a entrecortar-se a real qualidade destes democratas, a sua verdadeira génese e até onde eles iriam chegar. E viu-se. E continua a ver-se... E o Manuel não consegue passar uns vídeos da Maria Teresa de Noronha e/ou do João Ferreira Rosa, nem nada? Que saudades destas vozes de sonho, meu Deus, que deixaram de se ouvir nas rádios e nas televisões por ordem dos ditadores que nos desgovernam e que têm de ser respeitadas, pois então! E o 'outro Senhor' é que era ditador, dizem eles! A outra semana comprei "O Crime" especialmente para ler a entrevista desse belíssimo fadista que foi o João. O seu fado O Embuçado é qualquer coisa! Será que ele ainda canta? E este homem, com uma voz única e patriota dos quatro costados e justamente porque o é e sempre foi, não é convidado para ir às televisões (cantar ou dar entrevistas), claro está, como é norma nestes casos, pura e simplesmente porque não virou anti-fascista da noite para o dia, nem vendeu a sua alma ao diabo. E também não vai lá porque não tem papas na língua e até deveria ter menos. É um consolo para a alma ouvir o João cantar os seus antigos fados. Ou ouvi-lo falar sobre a Pátria. Ou lê-lo. Quem nos dera haver muitos portugueses como o João. Talvez Portugal estivesse bem melhor hoje. Talvez, não, estava de certeza.
Ao João ouvi cantar um fado - que também teve eco na Rádio Renascença - que tinha, não quero errar, a seguinte quadra: "Nunca mais darei um cravo Nos dias da minha vida; Por amor da mocidade, Da minha vida perdida!"
Obrigada Nuno por essa bela quadra do João. O João é um daqueles portugueses de que Portugal se deve honrar sobremaneira de o ter como um dos seus. O João dignifica a Pátria. Ele está desde há muito no coração dos portugueses, daqueles que verdadeiramente o são. Ele diz na entrevista estar um livro que escreveu, esgotado há muito. Quanto eu gostaria de ler esse seu livro. E outros mais que ele possa ter escrito. Faço-lhe daqui um apelo - se é que ele lê este Blog - para que escreva, escreva muito e diga de sua justiça. Diga tudo o que sabe e o que pensa àcerca "deste" querido mas infeliz Portugal, que há 3 décadas nos foi (mal) presenteado, depois totalmente desfeiteado e hoje nos contempla de cima aterrado, completamente horrorizado.
Maria, não sei se a posso tratar assim... Todos nós, Portugueses verdadeiros, sofremos muito com o estado a que a Pátria chegou. Mas não nos podemos render. Isso seria fazer a vontade aos trastes sinistros que se apoderaram desta Santa Terra. Precisamos de manter-nos calmos e aguardar a oportunidade de desferir o nosso golpe que não pode ser piedoso - mas tem que ser bem pensado e executado no momento certo para ser eficaz. Creio que o João, como muitos outros também de valor, não terá grandes ganas nem grandes possibilidades de publicar o que lhe vai na alma. Tenho para mim como certo que as coisas se irão alterar mas não tão brevemente como gostaríamos: o Zé Povo encostou-se e demora a reagir. Eleições poderão ser um sinal, mas apenas isso. O mal que atingiu Portugal não tem cura fácil e só com tempo poderá chegar a um estado de convalescença. O nosso trabalho é de, pelo menos, manter a Esperança que, aparentemente, já se vai vislumbrando. Porém, lastimavelmente, seguindo uma lei da vida, nunca mais será o que foi. Bem haja, Maria!
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Muito bem e muito obrigada pela parte que me toca. A nossa grande Amália no seu auge e que tão vilipendiada foi por estes farroupilhas armados em políticos, porque a eles não se quis vender. Enfim, por essas alturas começava a entrecortar-se a real qualidade destes democratas, a sua verdadeira génese e até onde eles iriam chegar. E viu-se. E continua a ver-se...
E o Manuel não consegue passar uns vídeos da Maria Teresa de Noronha e/ou do João Ferreira Rosa, nem nada? Que saudades destas vozes de sonho, meu Deus, que deixaram de se ouvir nas rádios e nas televisões por ordem dos ditadores que nos desgovernam e que têm de ser respeitadas, pois então! E o 'outro Senhor' é que era ditador, dizem eles!
A outra semana comprei "O Crime" especialmente para ler a entrevista desse belíssimo fadista que foi o João. O seu fado O Embuçado é qualquer coisa! Será que ele ainda canta? E este homem, com uma voz única e patriota dos quatro costados e justamente porque o é e sempre foi, não é convidado para ir às televisões (cantar ou dar entrevistas), claro está, como é norma nestes casos, pura e simplesmente porque não virou anti-fascista da noite para o dia, nem vendeu a sua alma ao diabo. E também não vai lá porque não tem papas na língua e até deveria ter menos. É um consolo para a alma ouvir o João cantar os seus antigos fados. Ou ouvi-lo falar sobre a Pátria. Ou lê-lo. Quem nos dera haver muitos portugueses como o João. Talvez Portugal estivesse bem melhor hoje. Talvez, não, estava de certeza.
Maria
Ao João ouvi cantar um fado - que também teve eco na Rádio Renascença - que tinha, não quero errar, a seguinte quadra:
"Nunca mais darei um cravo
Nos dias da minha vida;
Por amor da mocidade,
Da minha vida perdida!"
Nuno
Obrigada Nuno por essa bela quadra do João. O João é um daqueles portugueses de que Portugal se deve honrar sobremaneira de o ter como um dos seus. O João dignifica a Pátria. Ele está desde há muito no coração dos portugueses, daqueles que verdadeiramente o são. Ele diz na entrevista estar um livro que escreveu, esgotado há muito. Quanto eu gostaria de ler esse seu livro. E outros mais que ele possa ter escrito. Faço-lhe daqui um apelo - se é que ele lê este Blog - para que escreva, escreva muito e diga de sua justiça. Diga tudo o que sabe e o que pensa àcerca "deste" querido mas infeliz Portugal, que há 3 décadas nos foi (mal) presenteado, depois totalmente desfeiteado e hoje nos contempla de cima aterrado, completamente horrorizado.
Maria
Maria,
não sei se a posso tratar assim...
Todos nós, Portugueses verdadeiros, sofremos muito com o estado a que a Pátria chegou. Mas não nos podemos render. Isso seria fazer a vontade aos trastes sinistros que se apoderaram desta Santa Terra.
Precisamos de manter-nos calmos e aguardar a oportunidade de desferir o nosso golpe que não pode ser piedoso - mas tem que ser bem pensado e executado no momento certo para ser eficaz.
Creio que o João, como muitos outros também de valor, não terá grandes ganas nem grandes possibilidades de publicar o que lhe vai na alma. Tenho para mim como certo que as coisas se irão alterar mas não tão brevemente como gostaríamos: o Zé Povo encostou-se e demora a reagir.
Eleições poderão ser um sinal, mas apenas isso. O mal que atingiu Portugal não tem cura fácil e só com tempo poderá chegar a um estado de convalescença.
O nosso trabalho é de, pelo menos, manter a Esperança que, aparentemente, já se vai vislumbrando.
Porém, lastimavelmente, seguindo uma lei da vida, nunca mais será o que foi.
Bem haja, Maria!
Nuno
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