Presidenciais francesas
Ontem tinha visto na televisão um irónico Jean d'Ormesson a evocar "O Leopardo" e Lampedusa, para comentar a vida política francesa. Dizia ele que os franceses são uma gente complexa, por um lado todos querem a mudança e por outro não querem mudar nada.
Pensei na observação agora, ao aparecerem os resultados da primeira volta das presidenciais. A campanha foi feita a falar em mudança, o resultado traduz uma escolha que é a mais situacionista e imobilista de todas as hipóteses possíveis.
A segunda volta será disputada absolutamente dentro do círculo fechado que domina o circo político-mediático gaulês desde há décadas.
Aparentemente, tudo está atado e bem atado - o sistema resiste, por mais crises e explosões que surjam periodicamente para entreter os sociólogos e os telejornais.
O país, esse, parece que é agora o 17º no mundo, quando em tempos não muito remotos aparecia como o 7º nas mesmas escalas de avaliação do poder nacional.
Saboroso foi um comentário a quente de Jean-Marie Le Pen (goste-se ou não o único candidato que significava uma diferença real, o único que corria por fora):
"Les Français sont apparemment très contents de leur situation, je croyais le contraire. Ils ont voulu placer au deuxième tour Nicolas Sarkozy et Ségolène Royal, c’est leur choix."
Escolha ou conformação, será sempre uma escolha. Por agora, tudo continuará na mesma e entre os mesmos. O futuro dirá se a panela aguenta a tampa.
Pensei na observação agora, ao aparecerem os resultados da primeira volta das presidenciais. A campanha foi feita a falar em mudança, o resultado traduz uma escolha que é a mais situacionista e imobilista de todas as hipóteses possíveis.
A segunda volta será disputada absolutamente dentro do círculo fechado que domina o circo político-mediático gaulês desde há décadas.
Aparentemente, tudo está atado e bem atado - o sistema resiste, por mais crises e explosões que surjam periodicamente para entreter os sociólogos e os telejornais.
O país, esse, parece que é agora o 17º no mundo, quando em tempos não muito remotos aparecia como o 7º nas mesmas escalas de avaliação do poder nacional.
Saboroso foi um comentário a quente de Jean-Marie Le Pen (goste-se ou não o único candidato que significava uma diferença real, o único que corria por fora):
"Les Français sont apparemment très contents de leur situation, je croyais le contraire. Ils ont voulu placer au deuxième tour Nicolas Sarkozy et Ségolène Royal, c’est leur choix."
Escolha ou conformação, será sempre uma escolha. Por agora, tudo continuará na mesma e entre os mesmos. O futuro dirá se a panela aguenta a tampa.
1 Comments:
Le Pen.....Outsider ?; Bayrou...."nationaliste" basque ?
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