terça-feira, julho 17, 2007

Afinal, quem é que votou?

Como já foi salientado, o número de votantes em António Costa não excede a assistência do estádio da Luz ou do estádio de Alvalade num dia bom.
Se continuarmos, podemos ver que nestas eleições foi possível fazer figura e ser eleito vereador com treze mil votos - muito menos do que os abortos que o Serviço Nacional de Saúde prevê ir fazer em um ano.
Seria interessante fazer um estudo sobre o terço dos eleitores lisboetas que foram às urnas, e descobrir as suas motivações.
Afinal, quem é que votou?
Empiricamente, parece-me poder afirmar que uma parcela significativa dos votantes coincide com as próprias clientelas partidárias - se virmos bem os militantes e suas famílias, mais outros dependentes das máquinas partidárias, formam ainda um grupo numericamente relevante.
Outra parcela importante será constituída pelo pessoal camarário, e outros interessados directos no resultado. Entre funcionários do município e seus agregados familiares, mais aqueles que de uma forma ou de outra têm a sua vida dependente da Câmara - desde fornecedores a empreiteiros - junta-se uma multidão que dispensa a procura de outros sectores de votantes.
Somados os dependentes dos partidos com os dependentes da Câmara encontramos praticamente todos os votantes desta curiosa eleição.
Ou será que estou errado?

1 Comments:

At 9:36 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Desta vez está certíssimo

 

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