Encontros
Relendo "O Mal e o Bem", novela de Domingos Monteiro, fui buscar "Le Diable et le Bon Dieu", de Sartre. Reli também, e conferi. As conclusões podem ser outras, mas as interrogações são as mesmas. Está lá, podem ler.
Em tempos tinha-me acontecido ler algumas páginas que Vintila Horia dedica aos russos, aos escritores e à alma russa, na sua "Introdução à Literatura do Século XX", e ter-me sobressaltado com a lembrança do que escreveu Leonardo Coimbra, no seu "A Rússia de Hoje e o Homem de Sempre". Seguindo este, e tornando ao romeno, à perplexidade sucedeu a associação inevitável: Berdiaef, o Nicolau Berdiaef de "Les sources et le sens du communisme russe". Podem ler os três, e entender o que digo.
Num seu prefácio a "Uma noite na toca do lobo", Tomaz de Figueiredo diz justamente, a propósito de certos processos narrativos e estilísticos por si usados em "A toca do lobo" e "Uma noite na toca do lobo", que se não fora o caso de a sua obra anteceder Lampedusa em vinte anos estaria a ser alvejado como reles imitador do "Leopardo".
Não há plágio nem plagiadores no que estou a falar, e daí a relevância da questão. Fosse isso, e tudo seria simples. Mas assim...
Ou o espírito é um só, e sopra onde quer, ou as ideias têm existência própria, vida sua, e manifestam-se aqui e ali, neste ou naquele. E de cada indivíduo é só a recepção, melhor, pior, ou nenhuma.
Em tempos tinha-me acontecido ler algumas páginas que Vintila Horia dedica aos russos, aos escritores e à alma russa, na sua "Introdução à Literatura do Século XX", e ter-me sobressaltado com a lembrança do que escreveu Leonardo Coimbra, no seu "A Rússia de Hoje e o Homem de Sempre". Seguindo este, e tornando ao romeno, à perplexidade sucedeu a associação inevitável: Berdiaef, o Nicolau Berdiaef de "Les sources et le sens du communisme russe". Podem ler os três, e entender o que digo.
Num seu prefácio a "Uma noite na toca do lobo", Tomaz de Figueiredo diz justamente, a propósito de certos processos narrativos e estilísticos por si usados em "A toca do lobo" e "Uma noite na toca do lobo", que se não fora o caso de a sua obra anteceder Lampedusa em vinte anos estaria a ser alvejado como reles imitador do "Leopardo".
Não há plágio nem plagiadores no que estou a falar, e daí a relevância da questão. Fosse isso, e tudo seria simples. Mas assim...
Ou o espírito é um só, e sopra onde quer, ou as ideias têm existência própria, vida sua, e manifestam-se aqui e ali, neste ou naquele. E de cada indivíduo é só a recepção, melhor, pior, ou nenhuma.
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