PJ acaba com grupo de skinheads 2007/09/18 | 21:28 Ministério Público deduziu a acusação de 36 membros e activistas do Capítulo Português Hammerskin Nation. Elementos são suspeitos de ameaças, coacção agravada, espancamentos, sequestro, entre outros crimes. Os alvos eram sobretudo negros, ciganos e indostânicos Skins suspeitos de «muitas agressões»
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O Ministério Público (MP) acusou 36 elementos do Capítulo Português da organização de extrema-direita violenta Hammerskin Nation, pela prática reiterada de crimes de descriminação racial e outras infracções criminais conexas, na sequência de uma investigação da Polícia Judiciária.
Em comunicado hoje divulgado, a PJ especifica que «o MP deduziu acusação contra 12 membros efectivos e 24 activistas do Capítulo Português da organização de extrema-direita violenta Hammerskin Nation - vulgarmente conhecido por Portugal Hammerskins - todos afectos ao movimento skinhead».
A investigação agora finalizada esteve a cargo da Direcção Central de Combate ao Banditismo (DCCB) e «focou essencialmente os mecanismos de difusão e o teor das mensagens públicas com carácter racista, xenófobo e anti-semita».
Segundo a PJ, as mensagens divulgadas através dos meios de comunicação tradicionais e electrónicos, bem como em concertos musicais, encontros, concentrações e manifestações, apelavam à violência inter-étnica, visando também, enquanto alvos, todos os movimentos anti-racistas em geral.
A PJ refere que, no decurso de seis dezenas de buscas domiciliárias sucessivamente cumpridas desde Abril de 2007, foi possível apreender aos arguidos um total de 15 armas de fogo, explosivos, mais de um milhar de munições de diversos calibres, dezenas de armas brancas, soqueiras, mocas, bastões, tacos de basebol e aerossóis de gás tóxico.
«A prolongada investigação permitiu», diz a PJ, coligir, em 40 volumes e 50 apensos, indícios que documentam a existência de causalidade entre a difusão de propaganda ofensiva e de carácter político-ideológico e as várias dezenas de acções violentas que se traduziram em diversos crimes de ameaças, coacção agravada, ofensas qualificadas à integridade física, sequestro, dano, instigação pública à prática de crime e posse de armas proibidas».
A Judiciária sublinha «a forte componente e tendências político-ideológicas anti-semitas que marcavam o comportamento e interacção social dos elementos afectos a esta organização, igualmente direccionadas, em idêntico tom e registo de intolerância, agressividade, repulsa e ódio, contra outras minorias étnicas, designadamente negros, ciganos e indostânicos, além de outras organizações e movimentos anti-racistas e de defesa de minorias».
Segundo a mesma polícia, a organização Portugal Hammerskin foi criada na sequência da extinção de outras estruturas prévias e embrionárias que pontificaram em Portugal nas décadas de 80 e 90, e «atravessava actualmente um período de crescimento, expansão e projecção interna, beneficiando de apoios e de patrocínio de movimentos europeus similares, de harmonia com uma estratégia de radicalização e confrontação social».
«Concluída esta investigação e uma vez já deduzida a acusação, admite-se que as acções da organização fiquem reduzidas à sua expressão mais ínfima», afirma a PJ.
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PJ acaba com grupo de skinheads
2007/09/18 | 21:28
Ministério Público deduziu a acusação de 36 membros e activistas do Capítulo Português Hammerskin Nation. Elementos são suspeitos de ameaças, coacção agravada, espancamentos, sequestro, entre outros crimes. Os alvos eram sobretudo negros, ciganos e indostânicos
Skins suspeitos de «muitas agressões»
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O Ministério Público (MP) acusou 36 elementos do Capítulo Português da organização de extrema-direita violenta Hammerskin Nation, pela prática reiterada de crimes de descriminação racial e outras infracções criminais conexas, na sequência de uma investigação da Polícia Judiciária.
Em comunicado hoje divulgado, a PJ especifica que «o MP deduziu acusação contra 12 membros efectivos e 24 activistas do Capítulo Português da organização de extrema-direita violenta Hammerskin Nation - vulgarmente conhecido por Portugal Hammerskins - todos afectos ao movimento skinhead».
A investigação agora finalizada esteve a cargo da Direcção Central de Combate ao Banditismo (DCCB) e «focou essencialmente os mecanismos de difusão e o teor das mensagens públicas com carácter racista, xenófobo e anti-semita».
Segundo a PJ, as mensagens divulgadas através dos meios de comunicação tradicionais e electrónicos, bem como em concertos musicais, encontros, concentrações e manifestações, apelavam à violência inter-étnica, visando também, enquanto alvos, todos os movimentos anti-racistas em geral.
A PJ refere que, no decurso de seis dezenas de buscas domiciliárias sucessivamente cumpridas desde Abril de 2007, foi possível apreender aos arguidos um total de 15 armas de fogo, explosivos, mais de um milhar de munições de diversos calibres, dezenas de armas brancas, soqueiras, mocas, bastões, tacos de basebol e aerossóis de gás tóxico.
«A prolongada investigação permitiu», diz a PJ, coligir, em 40 volumes e 50 apensos, indícios que documentam a existência de causalidade entre a difusão de propaganda ofensiva e de carácter político-ideológico e as várias dezenas de acções violentas que se traduziram em diversos crimes de ameaças, coacção agravada, ofensas qualificadas à integridade física, sequestro, dano, instigação pública à prática de crime e posse de armas proibidas».
A Judiciária sublinha «a forte componente e tendências político-ideológicas anti-semitas que marcavam o comportamento e interacção social dos elementos afectos a esta organização, igualmente direccionadas, em idêntico tom e registo de intolerância, agressividade, repulsa e ódio, contra outras minorias étnicas, designadamente negros, ciganos e indostânicos, além de outras organizações e movimentos anti-racistas e de defesa de minorias».
Segundo a mesma polícia, a organização Portugal Hammerskin foi criada na sequência da extinção de outras estruturas prévias e embrionárias que pontificaram em Portugal nas décadas de 80 e 90, e «atravessava actualmente um período de crescimento, expansão e projecção interna, beneficiando de apoios e de patrocínio de movimentos europeus similares, de harmonia com uma estratégia de radicalização e confrontação social».
«Concluída esta investigação e uma vez já deduzida a acusação, admite-se que as acções da organização fiquem reduzidas à sua expressão mais ínfima», afirma a PJ.
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=855658&div_id=2
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