terça-feira, setembro 18, 2007

Língua pátria

(notícia da LUSA)
Reforçar o ensino da Gramática e aumentar a exigência relativamente à correcção linguística são algumas das recomendações resultantes da Conferência Internacional sobre o Ensino do Português.
"Importa sensibilizar e responsabilizar todos os professores, independentemente da sua área disciplinar, no sentido de cultivarem uma relação com a língua norteada pelo rigor e pela exigência da correcção linguística", recomenda Carlos Reis, o comissário da Conferência Internacional sobre o ensino do Português, que se realizou em Lisboa a 7, 8 e 9 de Maio e cujas conclusões e recomendações foram divulgadas hoje.
A demasiada permissividade foi uma das principais críticas que se fizeram ouvir na conferência, promovida pelo Ministério da Educação, que reuniu durante os três dias cerca de 500 professores e linguistas e personalidades como o escritor Mário Cláudio, o ensaísta Eduardo Lourenço e o comentador político José Pacheco Pereira.
Para o professor Carlos Reis, a cultura de rigor e exigência deve ser instituída na formação dos docentes, "tornando-se um crivo importante da sua avaliação e acreditação".
A propósito dos erros, o também reitor da Universidade Aberta afirma que nos últimos anos cultivou-se no sistema de ensino a ideia de que o erro é tolerável, tendo-se registado "uma atitude pedagógica perigosamente permissiva".
"É fundamental que o ensino da língua considere o erro como efectiva transgressão de um sistema linguístico que tem regras. Assim, o professor de Português (e, com ele, os professores de todas as outras disciplinas) deve encarar o erro como erro, alertando para a sua ocorrência e desincentivando a sua prática", lê-se no mesmo documento.
Nesse sentido, Carlos Reis considera que na aula de Português "deve ser instituído ou reforçado o ensino da Gramática, sendo para isso necessário que a formação inicial e contínua dos professores "insista neste aspecto".

1 Comments:

At 10:32 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Perdi há pouco um comentário sobre este tema e ainda bem pois o que nele escrevi não era de molde a agradar aos responsáveis da educação neste País.
Duplas palmas para o Professor Carlos Reis pela veemência com que defendeu a língua portuguesa.
Precisamos de mais professores como este e como a ilustre Professora Maria do Céu Vieira que, contra ventos e marés, o ano passado levantou bem alto a sua voz e corajosamente denunciou o aviltamento a que chegou a nossa língua através dos indignos programas e testes escolares.
Renovo os meus parabéns aos dois Professores.
Maria

 

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