Passos passados
No meu tempo, o Quarteto era o mais "intelectual" dos cinemas de Lisboa. E também o mais chato, sem dúvida nenhuma. Também por lá passei algumas vezes, a fazer de inteligente. Recordação marcante: foi a única vez que não resisti a abandonar um filme a meio. Eu não faço isso, seja por preguiça seja por pudor. E alguma delicadeza, não gosto de ofender os actores. A verdade é que mesmo não estando a gostar aguento até final. Só uma vez não. Foi a ver "a religiosa", versão Jacques Rivette. Que agonia! Nunca mais vi um filme francês.
2 Comments:
Curiosamente, também foi aqui que pela única vez abandonei a sala ao intervalo. Era uma 'americanada' horrível, também a deitar para o 'intelectual', cujo nome já nem recordo. Houve tempos em que frequentava muito a casa, nas sessões da meia-noite, apesar da dureza das cadeiras. Já lá não vou há anos...
Um verdadeiro cinema de culto, ideal para quem se interessa por filmes fora do circuito de blockbusters e para quem está farto do irritante estalar de pipocas e sorver de refrigerantes existente nos grandes cinemas dos shoppings.
Não sou do tempo da fotografia, mas gosto do quarteto. Vi lá o melhor filme do Verão de 2006, "E a tua mãe também" de Alfonso Cuaron, num ciclo bastante económico de filmes "imprescindíveis".
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