Blogosfera e nomenklatura
Vemos muitas vezes a blogosfera elogiada por ser um espaço de liberdade, e logo também um domínio caracterizado pela igualdade entre todos os participantes.
Nada mais longe da realidade. Quanto à liberdade aceito que sim, já que cada um escreve o que quer e ninguém o impede disso. Mas no que respeita a igualdade o que se verifica é que o meio reproduz as desigualdades da vida.
Não estou a referir-me a essas desigualdades que resultam do mérito e das aptidões individuais, que também existem, mas que aqui acabam por nem ter a expressão que naturalmente seria de esperar que tivessem. Penso concretamente nas desigualdades que são provenientes de estatutos adquiridos, obviamente fora da blogosfera, e que nela se fazem sentir com o mesmo peso com que se impõem nos alinhamentos de qualquer órgão de comunicação social tradicional.
Existe uma nomenklatura, que se conhece como tal e é geralmente reconhecida e venerada como tal. Percorre-se o território e identificam-se sem custo as sumidades da praça, que efectivamente contam na definição dos temas e dos debates. Distingue-se a seguir um séquito um tanto histriónico dos que aspiram a entrar nesse círculo algo fechado, e tudo fazem para se fazer notados. E há depois a multidão dos que estão só para se ler a si mesmos, ou pela ilusão de que mais alguém dá importância ao que escrevem, ou mesmo pelo gosto de partilhar umas palavras com dois ou três cúmplices. Em todo o caso, multidão que nunca passará disso. Na rede como na Cidade.
Nada mais longe da realidade. Quanto à liberdade aceito que sim, já que cada um escreve o que quer e ninguém o impede disso. Mas no que respeita a igualdade o que se verifica é que o meio reproduz as desigualdades da vida.
Não estou a referir-me a essas desigualdades que resultam do mérito e das aptidões individuais, que também existem, mas que aqui acabam por nem ter a expressão que naturalmente seria de esperar que tivessem. Penso concretamente nas desigualdades que são provenientes de estatutos adquiridos, obviamente fora da blogosfera, e que nela se fazem sentir com o mesmo peso com que se impõem nos alinhamentos de qualquer órgão de comunicação social tradicional.
Existe uma nomenklatura, que se conhece como tal e é geralmente reconhecida e venerada como tal. Percorre-se o território e identificam-se sem custo as sumidades da praça, que efectivamente contam na definição dos temas e dos debates. Distingue-se a seguir um séquito um tanto histriónico dos que aspiram a entrar nesse círculo algo fechado, e tudo fazem para se fazer notados. E há depois a multidão dos que estão só para se ler a si mesmos, ou pela ilusão de que mais alguém dá importância ao que escrevem, ou mesmo pelo gosto de partilhar umas palavras com dois ou três cúmplices. Em todo o caso, multidão que nunca passará disso. Na rede como na Cidade.
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