O espírito do forum
Este postal é de louvor às improváveis virtudes de um forum em rede.
Já por várias vezes tentei incentivar os meus leitores à participação activa no forum pátria livre.
O forum internético devolve-nos a possibilidade de discussão que a modernidade fez desaparecer dos cafés, dos clubes, das tertúlias, das praças e dos lares.
O calor da esgrima verbal não está já na impossível proximidade física, mas subsiste na imediação, no debate em tempo real, no livre fluir das ideias sem as peias das agendas, dos programas, dos horários, das convenções, ou de conveniências e venerações.
Por isso sou entusiasta das potencialidades desses lugares onde se reencontra o prazer de conversar, o convívio, a possibilidade de encontrar gente - mas gente mesmo, não os zombies da multidão formatada, cinzenta e uniforme.
Obviamente que ao entrar somos assaltados por vezes pela visão de mais do mesmo; não faltam ali, como não faltam em parte nenhuma, as mãos na anca e os "eu acho que", e o lá vai disto.
Mas, num mundo cada dia mais vazio, num tempo que se sente a caminhar rapidamente para o ser unidimensional, a quem a simples lembrança de ter uma ideia que o distinga do rebanho aterroriza e imobiliza, não é pequeno tesouro a hipótese rara de encontrar gente. A persistência pode compensar.
E depois, as impressões, as sensações, as opiniões, os gostos, também se discutem, se partilham, se educam e se refinam (quem costuma dizer que gostos não se discutem são pessoas com notório mau gosto). A probabilidade de aprender vale o esforço.
Cultivemos a arte, o pensamento, a cultura, a força interior para permanecer gente entre a multidão. Fujamos à asfixia do todos impotentes todos iguais todos amorfos todos conformados e cloroformizados.
Já por várias vezes tentei incentivar os meus leitores à participação activa no forum pátria livre.
O forum internético devolve-nos a possibilidade de discussão que a modernidade fez desaparecer dos cafés, dos clubes, das tertúlias, das praças e dos lares.
O calor da esgrima verbal não está já na impossível proximidade física, mas subsiste na imediação, no debate em tempo real, no livre fluir das ideias sem as peias das agendas, dos programas, dos horários, das convenções, ou de conveniências e venerações.
Por isso sou entusiasta das potencialidades desses lugares onde se reencontra o prazer de conversar, o convívio, a possibilidade de encontrar gente - mas gente mesmo, não os zombies da multidão formatada, cinzenta e uniforme.
Obviamente que ao entrar somos assaltados por vezes pela visão de mais do mesmo; não faltam ali, como não faltam em parte nenhuma, as mãos na anca e os "eu acho que", e o lá vai disto.
Mas, num mundo cada dia mais vazio, num tempo que se sente a caminhar rapidamente para o ser unidimensional, a quem a simples lembrança de ter uma ideia que o distinga do rebanho aterroriza e imobiliza, não é pequeno tesouro a hipótese rara de encontrar gente. A persistência pode compensar.
E depois, as impressões, as sensações, as opiniões, os gostos, também se discutem, se partilham, se educam e se refinam (quem costuma dizer que gostos não se discutem são pessoas com notório mau gosto). A probabilidade de aprender vale o esforço.
Cultivemos a arte, o pensamento, a cultura, a força interior para permanecer gente entre a multidão. Fujamos à asfixia do todos impotentes todos iguais todos amorfos todos conformados e cloroformizados.
Tentaremos numa ilha só nossa, como robinsons sem televisão?
Talvez a rede nos permita esta outra via. Tentemos o forum.
Talvez a rede nos permita esta outra via. Tentemos o forum.
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