Dar o dito por não dito
Ao que dizem as notícias, confirma-se o terramoto com epicentro na Irlanda.
Os únicos europeus que tiveram a possibilidade de votar, disseram que não.
Como se esperava, os responsáveis do cozinhado feito em Lisboa expõem a sua conclusão: o erro foi permitir a consulta. São assuntos importantes demais para permitir a ingerência da populaça.
Já por aí vai um alvoroço, no afã de encontrar forma de retirar qualquer efeito ao resultado do referendo.
Por este andar ainda será a própria democracia a ser mandada para a reforma, como coisa imprevisível e sem préstimo, a todos os títulos perigosa para o projecto.
Não que eu lamente a velha meretriz, mas estes gajos são piores que tudo.
Os únicos europeus que tiveram a possibilidade de votar, disseram que não.
Como se esperava, os responsáveis do cozinhado feito em Lisboa expõem a sua conclusão: o erro foi permitir a consulta. São assuntos importantes demais para permitir a ingerência da populaça.
Já por aí vai um alvoroço, no afã de encontrar forma de retirar qualquer efeito ao resultado do referendo.
Por este andar ainda será a própria democracia a ser mandada para a reforma, como coisa imprevisível e sem préstimo, a todos os títulos perigosa para o projecto.
Não que eu lamente a velha meretriz, mas estes gajos são piores que tudo.
Ainda são capazes de fazer de mim um democrata.
7 Comments:
E viva a Irlanda! Grande Povo! Respondeu NÃO com todas as letras.
E o descarado do Durão ainda veio dizer "tem que se negociar" com a Irlanda!!! Tentando a todo o custo anular a vontade da maioria dos irlandeses, desrespeitando-os! É preciso ter muita lata. Mas isso é o que não lhes falta.
Maria
Muito bem dito, Caro Manuel. Federastas e tratantes far�o tudo para desqualificar o resultado do referendo realizado segundo todos os c�nones "deles". Mas, ao que parece, a aritm�tica democrat�ide s� � v�lida quando o resultado corresponde � cartilha do sistema.
Um abra�o.
E que vao mesmo ser capazes meu caro Manuel Azinhal.
E a historia da direita desde a revoluçao francesa.
Acaba-se a defender aquilo que se atacava.
Bom, eu sou muito resistente...
Parabéns, este seu texto chegou-me por e-mailvindo de um contacto que sei que não lê o seu blog. Eu sou um leitor assiduo.
Eis o que veio por e-mail:
Para quem não leu O Sexo dos Anjos.
O sublinhado é meu. Estou a pensar em aderir à democrácia....
JG
Dar o dito por não dito
Ao que dizem as notícias, confirma-se o terramoto com epicentro na Irlanda.
Os únicos europeus que tiveram a possibilidade de votar, disseram que não.
Como se esperava, os responsáveis do cozinhado feito em Lisboa expõem a sua conclusão: o erro foi permitir a consulta. São assuntos importantes demais para permitir a ingerência da populaça.
Já por aí vai um alvoroço, no afã de encontrar forma de retirar qualquer efeito ao resultado do referendo.
Por este andar ainda será a própria democracia a ser mandada para a reforma, como coisa imprevisível e sem préstimo, a todos os títulos perigosa para o projecto.
Não que eu lamente a velha meretriz, mas estes gajos são piores que tudo.
Ainda são capazes de fazer de mim um democrata.
Começo a ficar preocupado... Aquela minha última frase é obviamente o que em Direito se chama uma declaração não séria...
Perante o «projecto» e a «democracia» (que diz Não) eles, os democratas, preferem o projecto.
Entre a democracia que diz Não e o projecto nós os, anti-democratas, preferimos a democracia.
Perante isto quem é que são os democratas?
Os democratas que são contra a democracia ou os anti-democratas que são a favor?
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